O grupo parlamentar do PSD enviou várias questões à ministra da Saúde, Marta Temido, devido ao registo de atrasos e falhas na campanha de vacinação contra a gripe, anunciou esta sexta-feira o partido.

Em comunicado enviado às redações, os sociais-democratas interrogam o Governo sobre o número exato de vacinas contra a gripe adquiridas para a campanha, se os 2,5 milhões de doses anunciadas “são suficientes para vacinar todas as pessoas que o queiram fazer” e por que razão não se foi mais além na disponibilização de vacinas, face aos “2,3 milhões de idosos e cerca de dois milhões de doentes crónicos com idade inferior a 65 anos”. Paralelamente, o grupo parlamentar do PSD pede ao executivo para esclarecer quantas doses de vacinas “estão atualmente disponíveis no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e nas farmácias comunitárias”, denunciando que milhares de utentes do SNS estão a desesperar “em intermináveis filas à porta” dos centros de saúde.

Sem resposta para o principal partido da oposição está também a questão sobre a razão para o Ministério da Saúde não reforçar a quantidade de vacinas para a gripe disponíveis para as farmácias comunitárias. Os deputados do PSD desafiam ainda o Governo a assegurar que não vão faltar vacinas nos centros de saúde e nas farmácias comunitárias, além de pedir a confirmação de que “até à primeira semana de dezembro” todos os utentes do SNS que queiram levar a vacina para a gripe o possam fazer.

Sublinhando que já em julho havia questionado o executivo sobre a preparação da campanha de vacinação para a gripe e que não obteve resposta, o grupo parlamentar do PSD defende que “não só não estão a ser distribuídas suficientes vacinas contra a gripe, como a sua disponibilização está a registar graves falhas, tanto nos centros de saúde como nas próprias farmácias comunitárias”, segundo a nota divulgada.

“Quando o aumento da procura era há muito previsível, é totalmente inaceitável e prejudica as populações, agravando a ansiedade, o medo e, acima de tudo, a desproteção sanitária dos grupos mais fragilizados da sociedade”, pode ler-se no comunicado, aludindo à coincidência em 2020 da época sazonal da gripe com a pandemia de Covid-19.

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