O escritor Mário Zambujal considerou esta sexta-feira, no festival Escritaria, em Penafiel, onde está a ser homenageado, que a cultura “merece ser atendida e olhada com medidas de defesa”, porque tem sido muito afetada pela pandemia.

Para o autor, “é bom que se dê as condições ao mundo das artes para fazer já aquilo que é possível e, sobretudo, socorrer os artistas que não têm outras formas de vida e que estão impedidos de exercer as suas capacidades“.

Falando aos jornalistas na conferência de imprensa organizada por aquele festival literário, Mário Zambujal disse ter amigos que têm sofrido economicamente com a situação e acentuou que “ninguém tem culpa de ser praticamente impossível organizar determinado tipo de representações, de ajuntamentos de pessoas, porque o público está excluído dos espetáculos”.

Mário Zambujal elogiou o facto de, apesar da atual situação de saúde pública, ter sido possível organizar aquele festival literário em Penafiel, considerando que a pandemia de Covid-19 tem permitido ao país “descobrir energias novas” e ficar “mais conhecedor das suas capacidades”.

“O que se gerou em Portugal, dos movimentos que têm sido feitos, permitiu descobrir energias novas ou recursos nunca pensados. Depois disto passar, o país vai ficar mais conhecedor das suas capacidades e da sua própria força”, reforçou o autor. O escritor insistiu que “quando se chegar ao fim desta tragédia, o país terá descoberto uma data de energias e soluções que não conhecia”.

“Está a puxar por elas e está todos os dias a redescobrir-se”, concluiu.

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