Quem pensa que a VW, lá por ter apostado forte nos veículos eléctricos, vai descurar os modelos equipados com motor a combustão, especialmente os mais potentes, que trazem dividendos em termos de imagem, está obviamente enganado. E a prova chega-nos pela mão do Golf, o seu best seller, que vai passar a oferecer não um, mas dois Golf R.

Já aqui anunciámos o Golf GTI, que extrai 245 cv do motor 2.0 TSI sobrealimentado, que já está à venda no mercado português. Este vai ter como companheiro de equipa o Golf Clubsport, na prática um GTI mas com 300 cv. Mas quando se pensava que as versões desportivas do Golf ficariam por aqui, eis que o construtor alemão promete o Golf R e o Golf R+ para breve que, ao contrário dos desportivos da gama, incluem tracção integral.

A 4 de Novembro a VW vai revelar o Golf R, sempre com o 2.0 TSI, que reforçado com novos argumentos atinge 333 cv. Se a isto aliarmos o sistema 4×4, temos um desportivo que não deverá ser mais eficaz do que o Clubsport em asfalto, mas que mostrará a sua eficiência em pisos mais escorregadios. A capacidade de tracção aumenta e, se a VW optar por uma gestão electrónica “mais desportiva”, que o sistema 4×4 da marca permite, até é possível optimizar o comportamento em todas as circunstâncias.

Golf terá GTI Clubsport com 300 cv mas fica por aí

Mas a maior surpresa surge com a introdução do Golf R+. Não há ainda data para a introdução do modelo no mercado, mas esta será decidida por uma questão de marketing e não técnica, uma vez que a base desta mecânica já existe. Em vez de recorrer ao motor com cinco cilindros com 2,5 litros a que recorre o Audi TT RS, RS3 e RS Q3, o Golf R+ aponta a um caminho em que concilia potência e protecção ambiental.

Para o R+ a VW está a juntar o motor do Golf R, com 333 cv, a uma solução híbrida plug-in (PHEV), destinada a elevar a potência total para lá dos 400 cv. O valor é respeitável e destina-se a deixar para trás o concorrente da BMW e bater-se taco a taco com as propostas da Audi e Mercedes. Mas com uma diferença importante, uma vez que o R+ deverá usufruir das vantagens fiscais que actualmente são concedidas aos PHEV, além de permitir aos condutores circular em modo eléctrico durante pelo menos 50 km.

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