A Malásia colocou em quarentena mais de 10.000 agentes da polícia, cerca de 10% da força de trabalho, para travar a expansão da Covid-19, depois de pelo menos 200 agentes terem sido infetados.

O ministro do Interior do país, Hamzah Zainudin, disse esta terça-feira que a elevada taxa de infeção entre os 100.000 agentes da polícia torna difícil o desempenho das suas funções, uma vez que têm de estar em contacto constante com a população.

“A expansão da epidemia de Covid-19 está a tornar-se mais preocupante e muitos dos que estão na linha da frente estão expostos ao risco de contágio”, disse o ministro, segundo a agência noticiosa estatal Bernama.

“Embora usem máscaras”, acrescentou, “o trabalho exige que comuniquem com as pessoas de perto”.

A medida foi anunciada numa altura em que a Malásia sofre a sua terceira vaga de Covid-19, a mais agressiva, com quase 10.000 casos ativos.

Desde que o primeiro caso foi relatado, em fevereiro, 236 pessoas morreram, mas um terço dessas mortes ocorreram no mês passado.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 43 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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