A Jerónimo Martins registou um acréscimo de 32 milhões de euros de custos operacionais até setembro relacionados com medidas relacionadas com a pandemia de Covid-19, onde se inclui prémios extraordinários a equipas operacionais, divulgou esta quarta-feira a empresa.

“Desde o início de março, a direção executiva do grupo, em estreita articulação com as direções executivas de cada companhia, tem dado suporte permanente às operações, agilizando os processos de tomada de decisão e permitindo a rápida adaptação dos planos de ação de curto prazo no contexto do desenvolvimento da pandemia por Covid-19”, refere a empresa liderada por Pedro Soares dos Santos, em comunicado.

As prioridades mantiveram-se inalteradas desde o início da crise sanitária: segurança das nossas equipas e dos consumidores que nos visitam, estabilidade da cadeia de abastecimento, com medidas especiais – implementadas no início da crise pandémica e que mantemos – de suporte aos fornecedores mais frágeis e aos produtores do setor primário, e continuidade da oferta, aos nossos consumidores, de qualidade a preços baixos”, acrescenta o grupo, no comunicado dos resultados da atividade até setembro.

“Registou-se, no conjunto de todas as companhias [a empresa está presente em Portugal, Polónia e Colômbia], um acréscimo, nos nove meses, de 32 milhões de euros ao nível dos custos operacionais”.

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Este acréscimo é relativo a “prémios extraordinários pagos às equipas operacionais, despesas com equipamentos e materiais de proteção individuais e coletivos e financiamento de múltiplas iniciativas de apoio social nos três países”, lê-se no comunicado.

“Este apoio inclui ajuda direta às comunidades e contribuição para os esforços científicos para travar a pandemia e gerir os seus efeitos. A estes custos acresceram, a nível das outras perdas e ganhos, três milhões de euros que concernem ao reforço de provisões para valores a receber cujo risco de não realização aumentou substancialmente devido à pandemia”, adianta.

Todas as empresas do grupo “iniciaram uma rigorosa revisão de processos que permitiu mitigar o impacto deste aumento de custos nas respetivas rentabilidades”.

O lucro da Jerónimo Martins recuou 17,8% nos primeiros nove meses do ano, face a igual período de 2019, para 219 milhões de euros, anunciou esta quarta-feira a dona da cadeia de supermercados Pingo Doce.