O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) anunciou que vai reunir-se esta quinta-feira com a Portway, empresa de handling (assistência em terra nos aeroportos) para discutir alegadas “pressões” a trabalhadores com horários flexíveis.

Fonte do sindicato adiantou à Lusa que em causa estão quatro trabalhadores que viram a CITE (Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego) dar parecer positivo ao seu pedido de horário flexível, em 2016.

Segundo o SITAVA, a Portway “impõe condições” a estes funcionários, mudando horários de um mês para o outro ou alocando os trabalhadores ao período noturno, mesmo que não haja, neste momento, voos para operar.  “Na Portway como há aqueles três trabalhadores [uma das funcionárias está com gravidez de risco] é como se fosse uma porta escancarada para outros” pedirem horários semelhantes, lamentou a mesma fonte.

Quanto aos outros trabalhadores que estiveram numa situação parecida “simplesmente despediram-se, foram embora por não saber como seria o mês a seguir”, garantiu a mesma fonte, assegurando que o parecer da CITE se mantém válido, até porque são apenas quatro trabalhadores, em cerca de mil e por isso não pode ser alegado “que causam dano à empresa”.

Contactada pela Lusa, a Portway garantiu que “não quer acabar com esses horários, apenas os adaptou às características atuais da operação e à dimensão” que existe atualmente, assegurando que o fez “em linha com as orientações da CITE e dentro do que a lei permite neste tipo de situações”. O grupo referiu ainda que “está a tentar conciliar os vários interesses dentro das possibilidades”.

Na mesma reunião serão abordadas algumas questões, que o SITAVA classifica como “violações ao acordo de empresa [AE]” da Portway. “A Portway não tem cumprido totalmente o AE, o que nos preocupa bastante”, lamentou a mesma fonte.

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