789kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Um Mr. TT que foi o soldado da fortuna de Rúben (a crónica do Sporting-Gil Vicente)

Este artigo tem mais de 3 anos

Sporting esteve a perder, deu a volta em dois minutos, ganhou ao Gil e subiu ao segundo lugar (3-1). Tiago Tomás entrou na segunda parte, confirmou a reviravolta e foi o soldado da fortuna de Amorim.

O jovem avançado marcou o segundo golo dos leões depois de uma boa assistência de Daniel Bragança
i

O jovem avançado marcou o segundo golo dos leões depois de uma boa assistência de Daniel Bragança

LUSA

O jovem avançado marcou o segundo golo dos leões depois de uma boa assistência de Daniel Bragança

LUSA

Foi a primeira grande novela da temporada. Os casos de Covid-19 multiplicavam-se tanto no Sporting como no Gil Vicente, o jogo foi um dos grandes temas da reunião entre a Liga e as autoridades de saúde na semana em que o Campeonato arrancou e chegou até a ser um dos tópicos levantados durante a conferência de imprensa diária da DGS e do Ministério da Saúde. A ideia veiculada era sempre a mesma: a receção dos leões aos gilistas em Alvalade, a contar para a primeira jornada da Primeira Liga, iria realizar-se até indicações rígidas em contrário. O problema foi que, alguns dias antes da data agendada para a partida, essas indicações rígidas apareceram.

A Autoridade Regional de Saúde considerou que não estavam reunidas as condições para a realização do jogo e o arranque oficial de Sporting e Gil Vicente ficou adiado. Os leões fizeram uma espécie de estágio mascarado de isolamento no Algarve, os gilistas permaneceram em Barcelos. O Campeonato, para ambos, só começou na semana seguinte; a data do encontro pendente saltou para um mês depois.

Ficha de jogo

Mostrar Esconder

Sporting-Gil Vicente, 3-1

Jogo em atraso da 1.ª jornada da Primeira Liga

Estádio José Alvalade, em Lisboa

Árbitro: André Narciso (AF Setúbal)

Sporting: Adán, Neto (Sporar, 61′), Coates, Feddal, Pedro Porro (Daniel Bragança, 71′), Matheus Nunes (Tiago Tomás, 61′), João Palhinha, Nuno Mendes, Pedro Gonçalves, Jovane (Gonçalo Inácio, 86′), Nuno Santos

Suplentes não utilizados: Max, Gonzalo Plata, Borja, Pedro Marques, Eduardo Quaresma

Treinador: Rúben Amorim

Gil Vicente: Denis, Ygor Nogueira, Rodrigo, Rúben Fernandes, Joel Pereira, João Afonso (Vítor Carvalho, 90+2′), Lucas Mineiro (Claude Gonçalves, 71′), Talocha (Renan, 90+2′), Fujimoto (Léautey, 45′), Samuel Lino, Miullen (Lourency, 66′)

Suplentes não utilizados: Daniel Fuzato, Souley, Leandrinho, Bouba

Treinador: Rui Almeida

Golos: Lucas Mineiro (52′), Sporar (82′), Tiago Tomás (84′), Pedro Gonçalves (90+6′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a João Palhinha (1′), a Denis (35′), a João Afonso (37′), a Luís Neto (60′), a Feddal (64′), a Pedro Gonçalves (64′), a Miullen (66′), a Sporar (68′), a Rodrigão (89′)

Esta quarta-feira, Sporting e Gil Vicente fechavam finalmente o último capítulo da primeira grande história da temporada. Em Alvalade, cumpriam o jogo em atraso e os leões tinham a oportunidade de saltar para o segundo lugar da tabela, com mais três pontos do que o FC Porto e a dois do líder Benfica. Rúben Amorim, ainda assim, lembrava que ainda estamos bem no início da época — e que, mais do que a classificação, era necessário pensar nos três pontos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Temos de pensar jogo a jogo e não tanto na classificação, até porque estamos no início do Campeonato. Acho que a equipa já tem uma boa dinâmica e uma força positiva, e se isso não for motivo para subirmos mais um lugar na classificação, seria um mau sinal. Espero uma equipa igual ao que tem sido, sabendo que podemos melhorar a nossa classificação. Vale o que vale, não podemos dar tanta importância a isso, mas tem de mexer com os jogadores. Um jogador do Sporting tem de ter essa ambição. Se podemos melhorar a nossa classificação é isso que vamos tentar fazer”, atirou o treinador leonino, que trabalhava depois de uma vitória difícil mas saborosa nos Açores, contra o Santa Clara, onde Pedro Gonçalves acabou por ser protagonista com dois golos.

Assim, Rúben Amorim repetiu o mesmo onze inicial pelo terceiro jogo seguido: João Palhinha e Matheus Nunes no meio-campo, Pedro Porro e Nuno Mendes nas alas e Nuno Santos e Pedro Gonçalves no apoio mais direto a Jovane. As grandes novidades, aliás, apareciam no banco de suplentes, que confirmava o regresso de Eduardo Quaresma depois uma lesão na região lombar contraída ao serviço da Seleção Sub-21 e a convocatória de Pedro Marques, que marcou e assistiu na última partida da equipa B. João Mário não era opção para Amorim, por não estar inscrito na primeira jornada, data original do encontro.

O jogo arrancou logo com um lance muito perigoso, com Denis a evitar com uma enorme defesa um autogolo de Ygor, que desviou a bola na sequência de um canto (3′). Depois disso e até à meia-hora, pouco ou nada: as duas equipas encaixaram taticamente, os gilistas aplicavam uma marcação homem a homem que era um autêntico tampão às tentativas adversárias e os leões não conseguiam ter a largura necessária para chamar Pedro Porro e Nuno Mendes a jogo. Ficava a ideia de que este teria de seria de ser um jogo de paciência para o Sporting e outro de arrancadas para o Gil Vicente, já que a equipa de Barcelos tentava explorar as costas da defesa leonina assim que tinha o mínimo espaço.

A partir da meia-hora, contudo, o Sporting percebeu que teria de usar combinações e um jogo mais rendilhado para avançar pelo corredor central para depois lateralizar para os corredores. A partir daí, a dinâmica leonina começou a passar muito mais pelas alas e pelos cruzamentos para a área — onde Jovane, apesar de tudo, não era o destinatário ideal. Até ao intervalo, os leões acabaram por conseguir criar vários lances mais perigosos, sem que nenhum tivesse sido uma verdadeira oportunidade, e tanto Pedro Gonçalves (33′) como Feddal (36′) remataram por cima da baliza de Denis. Na ida para o intervalo, apesar dos bons indicadores deixados pela equipa de Rúben Amorim na reta final da primeira parte, ficavam na memória 45 minutos pouco intensos, pouco criativos e pouco disruptivos.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Sporting-Gil Vicente:]

No início da segunda parte, Rui Almeida trocou desde logo Fujimoto por Léautey, claramente a apostar na velocidade do francês para explorar as transições rápidas ofensivas. A lógica do primeiro tempo, porém, manteve-se e o Sporting não conseguia desequilibrar, permanecendo um ritmo reduzido na partida e uma ausência quase total de ideias e criatividade por parte da equipa de Amorim. E a fatura saiu cara.

João Palhinha fez falta numa zona já adiantada do meio-campo leonino e originou um livre que era quase como um canto ligeiramente mais puxado para dentro. Talocha bateu bem e Lucas Mineiro, com um desvio subtil ao primeiro poste, bateu Adán (52′). Rúben Amorim reagiu com as entradas de Sporar e Tiago Tomás, o Gil Vicente passou a atuar compreensivelmente com as linhas muito mais recuadas e o Sporting instalou-se por completo no meio-campo adversário, ainda que nunca sem conseguir asfixiar por completo os gilistas. A 20 minutos do final e sem que Denis tivesse sido forçado a qualquer defesa durante o segundo tempo, Daniel Bragança também entrou, para o lugar de Pedro Porro, mas os leões estavam a ter uma noite completamente desinspirada.

Mas só foram necessários dois minutos. Dois minutos, já dentro dos últimos 10 da partida, que deram a volta ao marcador. Primeiro foi Sporar, com um cabeceamento ao segundo poste na sequência de um desvio de Nuno Santos depois de um cruzamento de Pedro Gonçalves (82′); depois foi Tiago Tomás, a responder da melhor maneira a um passe brilhante de Daniel Bragança após Sporar começar a jogada (84′), tornando-se o melhor marcador do Sporting esta temporada com três golos.

Já nos descontos, Pedro Gonçalves ainda aumentou os números da vitória leonina (90+6′). O Sporting não jogou bem, não impressionou mas conseguiu um resultado importante para ultrapassar o FC Porto e subir ao segundo lugar, a dois pontos do líder Benfica. Rúben Amorim fez as alterações certas, colocou em campo os dois jogadores que deram a volta ao resultado e acabou por ter em Tiago Tomás um soldado de uma fortuna que custou a aparecer.

Assine por 19,74€

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine por 19,74€

Apoie o jornalismo independente

Assinar agora