19.000 milhões de euros e cerca de 600.000 empregos. São estes os principais custos para a economia alemã da introdução de novas restrições para fazer face à pandemia de covid-19. Segundo o Instituto de Estudos Económicos (DIW) de Berlim, a hotelaria e a gastronomia serão os setores mais afetados com a diminuição da faturação de 5.800 milhões de euros, o que representa uma queda de 55% nas receitas trimestrais habituais.

A indústria terá uma baixa em torno dos 5.600 milhões de euros, enquanto o setor da cultura diminuirá 2.100 milhões de euros e o do comércio de 1.300 milhões.

O restante afetará os setores dos serviços e de logística.

Segundo Michal Huther, diretor do Instituto da Economia (IW) alemã, as restrições provocarão a perda no Produto Interno Bruto (PIB) em um ponto, o que implicará a perda de emprego a, pelo menos, 591.000 trabalhadores.

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Os cálculos são baseados no pressuposto de que as medidas só durarão até final deste mês.

O Instituto Robert Koch (RKI) de virologia reportou nas últimas 24 horas 14.177 novos contágios do novo coronavírus, o número mais baixo do que o registado sábado, quando a Alemanha bateu o recorde diários de novos casos, com 19.956 contágios.

Desde o início da pandemia, a Alemanha registou 532.930 casos confirmados de covid-19, contabilizando 10.481 mortes, estimando-se que 355.900 tenham superado a doença e que 162.062 permanecem ativos.

O aumento dos novos casos de contágio nos últimos dias levou os governos federal e regionais a reforçar as medidas restritivas, que incluem, entre outras, o encerramento dos restaurantes, bares, cinemas e ginásios até ao fim do mês em curso.