37 jornadas depois, o Sporting é novamente líder. Ainda que à condição, os leões estão de regresso ao primeiro lugar que não ocupavam desde a terceira jornada da época passada, quando partilharam a liderança com o Famalicão. Contudo, e desde que a vitória vale três pontos (1995/96), nunca o Sporting tinha estado no primeiro lugar à sexta jornada. Mas uma noite, pelo menos, vai passar no topo da classificação.

Um Pote cheio de mel que chegou para adoçar o que andava amargo (a crónica do Sporting-Tondela)

Mais do que isso e com a vitória imposta este domingo ao Tondela, a equipa de Rúben Amorim igualou o melhor ataque à sexta jornadas nos últimos 30 anos, com 15 golos e registado por Jorge Jesus em 2017/18. Na primeira goleada da era Amorim, os leões viram Pedro Gonçalves bisar e chegar aos cinco golos em três jogos, viram Pedro Porro estrear-se a marcar, viram Nuno Santos chegar à quarta assistência esta época e viram Sporar marcar pelo segundo jogo consecutivo, algo que não acontecia desde a 25.ª jornada da temporada anterior.

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Depois de um jogo totalmente controlado pelo Sporting, em que o guarda-redes Pedro Trigueira registou um novo máximo de defesas esta época, Pedro Gonçalves foi eleito o melhor jogador em campo e foi o primeiro a reagir à vitória leonina. “Esta foi uma vitória merecida, fizemos por isso. Trabalhámos a semana toda e não pudemos treinar tanto mas o mister deu-nos a ideia principal para este jogo. O importante é a vitória e vamos continuar a trabalhar. A equipa faz por isso, tento trabalhar para a equipa, eu ajudo e eles ajudam. Isso é importante”, disse o avançado ex-Famalicão na flash interview, acrescentando depois de que estar na liderança à condição “não significa muito”. “Estamos a fazer um bom trabalho e vamos entrar em todos os jogos para ganhar. Falta muito ainda”, terminou, garantindo que está “adaptado ao máximo” ao novo clube.

Antes da conferência de imprensa de Rúben Amorim, também João Mário deixou algumas palavras, no primeiro dia em que foi titular depois do regresso a Alvalade. “Sensações ótimas por voltar a casa. É sempre uma alegria jogar aqui. É pena que sempre estive habituado a jogar com este estádio cheio e é completamente diferente. Espero que possam voltar rapidamente. Acima de tudo, estamos a trabalhar muito bem para que quando os adeptos regressem estejam contentes com a equipa e acho que foi uma grande vitória (…) Estou muito feliz por voltar ao Sporting. Sinto-me muito bem cá. Todos sabem o carinho que tenho pelo clube. Precisava de um ano assim, em casa, com pessoas que gostem de mim. Agradeço pelo apoio que me têm dado mesmo de fora”, disse o internacional português, que voltou então ao onze inicial leonino quatro anos depois da última vez.

Já o treinador dos leões desvalorizou a chegada à liderança e garantiu que estes três pontos valem “o mesmo que os conseguidos frente ao Gil Vicente”. “As exibições dependem sempre do adversário. Não é a mesma coisa enfrentar o Pepe que um central do Tondela, com todo o respeito. Após semana com três jogos, às vezes é preciso jogadores com sangue fresco. Foi uma excelente exibição mas que não dá direito a ninguém de ser titular”, explicou Rúben Amorim.

“Claro que há que melhorar a eficácia. Mas não sofremos um golo por centímetros perante um adversário que quase não atacou. Se não sofrermos estaremos sempre mais perto de vencer. Estamos contentes mas são apenas três pontos. Como adepto, eles devem estar satisfeitos com este tipo de exibição. Mas enquanto treinador não dou assim tanto valor a isso. Da mesma forma que disse aos jogadores para não lerem jornais se não vão pensar que são melhores do que são e ser enganados”, terminou o técnico leonino.