A Associação de Feirantes do Distrito de Lisboa congratulou-se esta terça-feira com o facto de as autarquias ficarem responsáveis por autorizar a realização de feiras e mercados, lembrando que se aproxima uma época que anteriormente era boa para o setor.

“Claro que é uma boa noticia, o que é que havia de dizer, ficarmos fechados por mais 15 dias seria mais tempo para correr mal”, disse em declarações à Lusa José Luís, dirigente da Associação dos Feirantes do Distrito de Lisboa.

De acordo com o responsável, já teve contatos por parte da Câmara de Lisboa, adiantando que as feiras da Ladra, das Galinheiras e do Relógio vão poder realizar-se, acrescentando que já teve conhecimento também das autorizações para a feira de sábado de Monte Abraão (Sintra) e da feira da Povoa de Santa Iria e Forte da Casa (Vila Franca de Xira).

José Luís lembrou que as feiras de Lisboa já tinham sido “massacradas por duas vezes”, frisando que iriam ser uma terceira ocasião numa altura “em que se aproxima a época natalícia em que antigamente se trabalhava mais um bocadinho”.

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“Com esta paragem seria terrível“, admitiu, reconhecendo que os presidentes de câmara “vão ver que não faz sentido os espaços abertos e onde a pessoas podem circular estarem fechados”.

Apesar da boa notícia, o dirigente avançou que as feiras e os mercados “já não são tão procurados como antes da pandemia”, identificando que quem procurava mais as feiras são “pessoas de mais idade, dos 60 anos para cima”.

São pessoas de risco, as pessoas têm medo, se calhar os filhos também lhes dizem para não sair tanto de casa”.

As feiras e os mercados de levante vão poder continuar a funcionar nos 121 concelhos sujeitos a medidas mais restritivas para conter a propagação da pandemia, se tiverem autorização das respetivas autarquias, confirmou na segunda-feira à agência Lusa fonte do Conselho de Ministros.

No entanto, no sábado, o Conselho de Ministros anunciou, após uma reunião extraordinária, que 121 municípios vão ficar abrangidos, a partir de quarta-feira, por medidas mais restritivas para conter a pandemia, entre as quais a proibição e feiras e mercados de levante.

Um mercado de levante é um espaço onde os comerciantes, todos os dias, montam as suas bancas de manhã para à tarde as desmontarem.

Na segunda-feira, a Área Metropolitana de Lisboa (AML) decidiu que as feiras e mercados de levante vão continuar em funcionamento nos 18 concelhos que a compõem, depois do Governo ter decidido deixar ao critério dos municípios a sua realização.

Segundo uma publicação do presidente da AML e também da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina (PS), feita na rede social Twitter, “ficou decidido manter abertas as feiras e mercados de levante em todos” os concelhos desta área metropolitana.

A AML integra os municípios de Lisboa, Loures, Sintra, Mafra, Odivelas, Amadora, Oeiras, Cascais, Vila Franca de Xira, Almada, Seixal, Barreiro, Moita, Montijo, Alcochete, Sesimbra, Setúbal e Palmela.