O presidente executivo indigitado do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, espera que a confirmação da sua indigitação no cargo ocorra “nas próximas semanas”, excluindo problemas com a sua avaliação de idoneidade por parte do Banco Central Europeu (BCE).

“É um assunto que diz respeito ao supervisor. Estou tranquilo, estamos tranquilos, temos mantido um contacto permanente com o supervisor. Não há neste momento uma questão nem nenhum tema por resolver. Penso que será uma questão de um breve tempo”, disse João Pedro Oliveira e Costa na apresentação de resultados do BPI à imprensa (lucros de 85,5 milhões de euros até setembro), que decorreu esta terça-feira num hotel em Lisboa.

O ainda indigitado presidente executivo do BPI foi escolhido pelo Conselho de Administração do banco para suceder a Pablo Forero no dia 4 de maio, tendo já feito a anterior apresentação de resultados, no dia 31 de julho, na qualidade de indigitado.

“Estou completamente autorizado a exercer as minhas funções e a estar aqui convosco, com o conhecimento do supervisor. Penso que nas próximas semanas teremos a confirmação desta mesma indigitação”, acrescentou o gestor.

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Desta forma, João Pedro Oliveira e Costa aguarda ainda a confirmação de idoneidade (processo conhecido como avaliação de “fit and proper”) por parte do Banco Central Europeu (BCE) para exercer funções e suceder formalmente a Pablo Forero.

“Quanto tivermos o ‘fit and proper’ anunciaremos tudo”, disse, referindo-se à nomeação da comissão executiva, conselho de administração e órgãos de governo, esperando fazê-lo ainda este ano.

O Banco BPI obteve lucros consolidados de 85,5 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, menos 66% do que no mesmo período de 2019, divulgou hoje em comunicado.

O BPI justifica a queda do resultado líquido com a constituição de provisões para perdas com crédito devido à crise pandémica da Covid-19, uma vez que entre janeiro e setembro constituiu 100 milhões de euros em imparidades de crédito (líquidas). Na atividade em Portugal, o BPI teve lucros de 47,4 milhões de euros até setembro, menos 69% face ao mesmo período do ano passado.