O lucro ajustado da Ferrari registou uma queda de 35% nos primeiros nove meses deste ano, para 346 milhões de euros, face a idêntico período do ano anterior, revelou esta terça-feira o fabricante automóvel italiano.

As receitas líquidas, por sua vez, caíram 16% até setembro, para 2.391 milhões de euros, em termos homólogos, enquanto o resultado operacional ajustado (EBITDA) recuou 18% para 771 milhões de euros, refere a Ferrari na apresentação dos resultados relativos ao terceiro trimestre do ano fiscal.

Neste período, a entrega de veículos atingiu as 6.440 unidades, o que se ficou a dever à cadência da produção de veículos, justifica o construtor automóvel.

Até setembro, o EBIT ajustado (lucro ajustado antes de juros e impostos), situou-se em 465 milhões de euros, o que correspondeu a uma queda de 33% na comparação com igual período do ano passado.

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No terceiro trimestre, as entregas de veículos da casa Maranello atingiram as 2.313 unidades, menos 161 em relação ao ano anterior (-7%), enquanto o lucro ajustado cresceu 1%, para 171 milhões de euros, em termos homólogos.

A receita líquida de 888 milhões de euros, contabilizada no terceiro trimestre, diminuiu 3%, com as receitas do negócio principal a crescerem 2,6% impulsionadas pelas entregas do Ferrari Monza SP1 e SP2, refere ainda no comunicado.

O EBITDA ajustado no montante de 330 milhões de euros, apresentou um crescimento de 6,4% no terceiro trimestre do ano fiscal, em termos homólogos, sendo que a margem EBITDA foi de 37,2%, um aumento de 330 pontos base devido à combinação entre um preço favorável e as medidas de contenção de custos, justificou a Ferrari.

Já o EBIT ascendeu a 222 milhões de euros entre julho e setembro deste ano, estando em linha com o valor contabilizado pelo fabricante no ano anterior, além da margem EBIT se fixar nos 25%.

No terceiro trimestre, o construtor automóvel Ferrari gerou um cash-flow livre positivo de 77 milhões de euros, lê-se no comunicado.

O cash-flow é igual ao fluxo de caixa operacional menos as despesas de capital, sendo que este dinheiro liberto está disponível para a empresa realizar projetos de expansão, aquisições ou manter a estabilidade financeira em tempos difíceis.