Flávio Bolsonaro, filho do presidente brasileiro e senador do Rio de Janeiro, foi acusado na terça-feira pelo Ministério Público carioca de liderar uma organização criminosa que recolhia parte do salário dos funcionários do seu gabinete quando era deputado da Assembleia Legislativa desse mesmo estado, avança a Folha de São Paulo.

As acusações remetem ao mandato exercido pelo acusado entre fevereiro de 2003 e janeiro de 2019. O esquema já era conhecido como “Rachadinha” e consiste na exigência aos assessores de entregarem parte do seu salário. Fabrício Queiroz, antigo polícia militar a amigo de longa data de Jair Bolsonaro, é apontado como o cabecilha do esquema. Foram acusados também mais 15 ex-assessores de Flávio Bolsonaro.

O então deputado carioca é suspeito de praticar os crimes de peculato, branqueamento de capitais e organização criminosa. O filho do presidente nega as acusações desde o início da investigação, ainda antes de serem formalizadas. Em nota citada pelo Folha de São Paulo afirma que a acusação numa nota citada na Folha de São Paulo em que argumenta não haver “qualquer indício de prova” e que se trata de um processo “mal engendrado”.

A investigação começou em 2018 quando o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detetou movimentos suspeitos nas contas bancárias de Fabrício Queiroz. Além do valor envolvido, as autoridades brasileiras também começarama  verificar que as operações, depósitos e saques em dinheiro, se realizavam em datas próximas do dia de pagamento ao assessores da Assembleia. Flávio Bolsonaro, seria o principal beneficiário do esquema.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR