A Generali Seguros, que tem as marcas Tranquilidade, Açoreana e Logo abriu um processo de “adesão voluntária” para a saída de trabalhadores, segundo uma informação enviada a toda a equipa, a que a Lusa teve acesso.

O processo irá decorrer em duas fases, indicou o grupo, destacando que na primeira irá aceitar “candidaturas voluntárias”, entre 4 (esta quarta-feira) e 10 de novembro e na segunda levará a cabo a “cessação de contratos de trabalho por iniciativa da empresa — após análise das candidaturas voluntárias”, lê-se na mesma missiva.

Como é do conhecimento de todos, estamos a implementar um modelo organizacional assente numa estrutura empresarial única. A junção das companhias origina uma duplicação de funções que importa endereçar. O objetivo é, em simultâneo com a gestão dessa duplicação, adequar e redimensionar a empresa para responder aos desafios de solidez, competitividade e sustentabilidade financeira, preparando-a para enfrentar as atuais e futuras condições de mercado, adiantou o Comité Executivo do grupo, que assina a missiva.

Em 1 de outubro, as seguradoras Tranquilidade e Generali concluíram o processo de fusão das suas atividades em Portugal, depois de em janeiro passado o grupo italiano ter comprado a Tranquilidade.

Na informação enviada esta quarta-feira aos trabalhadores, a Generali indicou que “foi decidido, neste contexto, avançar com um plano de otimização e redimensionamento”, do qual a fase inicial “assentará num processo de adesão voluntária aberto a todos os colaboradores que ao mesmo pretendam livremente aderir, embora sujeita à aprovação da companhia”. O grupo acredita que “o modelo de implementação adotado maximiza a proteção social aos colaboradores abrangidos por este processo, nomeadamente no acesso ao subsídio de desemprego”, incluindo “adicionalmente e entre outros aspetos, proteção na saúde, manutenção de condições favoráveis nos seguros pessoais e o acesso aos serviços de ‘outplacement’ para apoio na reintegração no mercado de trabalho ou, dependendo das circunstâncias, na programação da passagem para uma situação de reforma ativa”, segundo a mesma informação.

A Generali informou ainda os trabalhadores de que “a data de cessação do contrato de trabalho de todos os colaboradores abrangidos poderá variar em função do que vier a ser acordado com os mesmos ou da antiguidade respetiva de cada colaborador”. “O Comité Executivo pretende que este processo seja realizado com transparência, sentido ético e garantindo o respeito e o tratamento digno de todos os colaboradores envolvidos”, rematou. A Lusa contactou a Generali que confirmou apenas que “foi emitida esta comunicação” sem fazer mais comentários.

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