A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, e dois terços do seu governo foram esta quarta-feira forçados a ficar em confinamento devido ao teste positivo de SARS-CoV-2 do ministro da Justiça e vários deputados, anunciou o seu gabinete.

No total, 13 dos 20 membros do governo do país escandinavo estavam confinados e em teletrabalho.

A primeira-ministra, que participou numa reunião com o ministro da Justiça, Nick Hækkerup, na sexta-feira, “atualmente não apresenta sintomas de Covid-19 e continua, na medida do possível, o seu trabalho com reuniões virtuais”, refere um comunicado de imprensa do gabinete da primeira-ministra.

A segunda onda do coronavírus está a complicar a vida de grande parte da classe política dinamarquesa.

Na terça-feira, uma sessão de perguntas em que a chefe do governo iria participar foi adiada, visto que se aguardava o resultado do teste do ministro da Justiça, que também manteve contactos com outros seis governantes.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Cinco outros ministros também foram confinados após reuniões com parlamentares que, desde então, tiveram resultados positivos.

Com apenas sete integrantes realmente operacionais, o Executivo está a estudar como fará o retorno físico ao trabalho dos seus integrantes.

“O governo agora examinará como (…) os ministros poderão retomar o seu trabalho presencial o mais rápido possível e de forma responsável, nos casos em que não estejam infetados com Covid-19”, indica o governo no comunicado.

Com apenas 728 mortes até agora, a Dinamarca está a enfrentar um aumento acentuado no número de casos de Covid-19 e voltou a endurecer as suas medidas desde o final de outubro.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos e mais de 46,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.635 pessoas dos 149.443 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.