Foi destaque um pouco por todo o mundo, apareceu em capas de jornais um pouco por todo o mundo e mostrou porque é que aos 35 anos continua a ser considerado um dos melhores jogadores da atualidade um pouco por todo o mundo. Cristiano Ronaldo entrou na segunda parte do jogo da Juventus contra o Spezia, marcou dois golos e desbloqueou um resultado que parecia atado para o tornar uma vitória importante — tudo isto, claro, depois de ter estado 19 dias sem competir e isolado em casa por ter testado positivo para a Covid-19. Concluído com sucesso o regresso à Serie A, o jogador português voltava esta quarta-feira àquela que é a sua competição por excelência.

Na Liga dos Campeões, Ronaldo falhou os jogos da Juventus contra o Dínamo Kiev e o Barcelona. Se o primeiro correu bem e deu três pontos, o segundo correu mal e acabou em derrota. Uma derrota que a equipa de Pirlo tinha agora de compensar, preferencialmente com muitos golos, contra o modesto Ferencváros da Hungria. E se a ideia de que o pormaior de o jogador português estar de volta às opções dos italianos era um dado assumido para todos os que seguem o futebol internacional, também o era para os que se regem apenas pelo factualmente certo para defender opiniões.

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A consultora internacional KPMG, que tem um departamento exclusivamente dedicado ao futebol, o KPMG Football Benchmark, considerou Cristiano Ronaldo o jogador em destaque no passado fim de semana, realçando precisamente o facto de só ter precisado de três minutos para voltar aos golos. “Um regresso fenomenal depois da recuperação da Covid-19: depois de duas semanas de fora e de perder quatro jogos no total, incluindo o encontro da Liga dos Campeões com o Barcelona, CR7 marcou duas vezes na vitória a Juventus por 4-1 contra o Spezia na Serie A. Só precisou de três minutos em campo para marcar o primeiro golo, ao qual se seguiu um atrevido penálti à Panenka. Apesar da idade relativamente avançada (35), o avançado português tem conseguido manter o valor de mercado elevado e mostrou novamente o que vale pelos bianconeri. Assim, Ronaldo é o nosso jogador do fim de semana”, pode ler-se na publicação feita pela consultora nas redes sociais.

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O jogador português voltava à Liga dos Campeões um dia depois de Kimmich e Neuer, do Bayern Munique, terem quebrado um dos muitos recordes que Cristiano Ronaldo tem na competição: com a goleada imposta ao RB Salzburgo esta terça-feira, os dois alemães chegaram às 14 vitórias seguidas na liga milionária, o mesmo registo que o avançado da Juventus alcançou em fevereiro de 2015, quando ainda estava no Real Madrid. Contra o Ferencváros, além de Ronaldo, também Ramsey e Rabiot voltavam ao onze, depois de terem sido suplentes na última jornada da Serie A, e Chiellini era titular face ao castigo de Demiral. E com a reintegração do português nas opções iniciais, Dybala voltava ao banco de suplentes.

Apesar de uns minutos iniciais muito competente por parte da equipa húngara, assim como tinha acontecido contra o Barcelona em Camp Nou, os italianos não demoraram praticamente nada a chegar à vantagem. Antes de estarem cumpridos dez minutos, Morata abriu o marcador ao finalizar um cruzamento cheio de intenção de Cuadrado, que apareceu solto na direita depois de um passe de Bonucci na profundidade (7′) e viu Ronaldo falhar o desvio ao primeiro poste. O avançado espanhol, que nos últimos dois jogos teve quatro golos anulados pelo VAR, conseguia marcar novamente depois de também ter feito golo contra o Spezia e festejava em frente aos 20 mil adeptos que esta quarta-feira puderam assistir à partida na Puskás Arena.

Durante a restante primeira parte, a Juventus não teve propriamente uma enorme oportunidade para aumentar a vantagem, ainda que as combinações entre Ronaldo e Morata na frente de ataque causassem muitos problemas à defesa adversária. Blazic parou o espanhol quando este procurava aproveitar um passe do português (22′) e depois inverteu a intervenção, evitando o golo de Ronaldo depois de o avançado ultrapassar o guarda-redes na sequência de um passe de Morata (36′). Do outro lado, o lance mais perigoso do Ferencváros foi um remate ao lado de Zubkov (38′).

No início da segunda parte, Pirlo tirou Arthur para lançar Bentancur e foi depois obrigado a trocar Ramsey, lesionado, por Weston McKennie. Cristiano Ronaldo teve uma boa oportunidade para marcar mas rematou ao lado (57′), sendo depois bem sucedido a assistir Morata para o segundo golo da noite para o espanhol. O avançado português deu largura na direita e depois fez um passe na horizontal; McKennie, com uma simulação brilhante que deixou a bola passar, abriu a carreira de tiro a Morata, que atirou para aumentar a vantagem italiana (60′).

Dybala entrou para o lugar de Morata e ainda foi a tempo de marcar o primeiro golo esta época, aproveitando um erro clamoroso da defesa húngara (72′), estando depois no lance que deu o autogolo final de Dvali, que procurou evitar que a bola entrasse na sequência de um remate do argentino (82′). Até ao fim, a Juventus limitou-se a controlar a confortável vantagem, ainda que Frank Boli tenha marcado um golo de honra já nos derradeiros instantes (90′, fechando o jogo nos 1-4.

Cristiano Ronaldo fez os primeiros 90 minutos na Liga dos Campeões este ano, não marcou mas assistiu Morata para o golo que acabou por resolver desde logo a partida. Quanto à Juventus, e com a vitória do Barcelona frente ao Dínamo Kiev, permanece no segundo lugar do Grupo G, com o apuramento para a fase seguinte praticamente garantido, apesar de continuar a demonstrar pouco futebol e de ser cada vez mais uma equipa resultadista e com exibições q.b.