O Commerzbank registou um prejuízo de 162 milhões de euros até setembro, contra um lucro de 681 milhões de euros no mesmo período do ano passado, justificado coma provisões para créditos de cobrança duvidosa devido à pandemia de Covid-19.

O banco alemão, que foi parcialmente nacionalizado, teve um prejuízo de 69 milhões de euros no terceiro trimestre, quando no mesmo período do ano anterior alcançou um lucro de 297 milhões de euros de euros, devido aos novos custos da reestruturação e depois de ter contabilizado um lucro de 220 milhões de euros no segundo trimestre, refere o grupo financeiro em comunicado.

As receitas líquidas resultantes das taxas de juro aumentaram entre janeiro e setembro para 3.824 milhões de euros (+1,6 %) e as geradas por comissões tiveram um acréscimo de 9,3%, para 2.481 milhões de euros.

O número de clientes do banco manteve-se estável no terceiro trimestre do ano fiscal, apesar da crise da pandemia de Covid-19, realçou a instituição financeira, lembrando ainda que avançou na reestruturação e transformação do banco.

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O presidente do Commerzbank, Martin Zielke, disse que, “apesar de uma envolvente desafiante”, a instituição “segue próxima dos clientes”, sendo que tem progredido no sentido de ser “um banco mais sustentável”.

Até setembro, o Commerzbank destinou 1.067 milhões de euros para créditos de cobrança duvidosa, contra 370 milhões de euros no mesmo período do ano anterior, pois podem ser muitos os clientes sem possibilidade de pagar os empréstimos devido à pandemia de Covid-19.

Também criou no terceiro trimestre deste ano uma provisão legal de 71 milhões de euros para empréstimos em divisas estrangeiras no banco polaco mBank. Por isso, a receita total caiu 4,8% até setembro.

O volume de crédito aumentou no terceiro trimestre em 2.000 milhões de euros, para 110.000 milhões de euros, devido ao aumento do crédito à habitação. Os empréstimos ao consumidor, no valor de 3,9 mil milhões de euros, refletem a cautela geral dos consumidores devido à crise do novo coronavírus.

Além disso, o banco reduziu os custos operacionais em 3,3%, para 4.551 milhões de euros, com a redução das despesas, corte nas viagens de negócios e diminuição do quadro de pessoal, bem com o encerramento de mais 200 balcões. Devido às provisões que terá de fazer, o banco espera ter prejuízos no final do ano fiscal.