A Grécia vai regressar ao confinamento no sábado de manhã e durante três semanas, anunciou esta quinta-feira o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis numa videoconferência, sublinhando a necessidade de conter a segunda vaga da pandemia que atinge o país.

“Foi uma decisão difícil”, mas “as medidas devem ser tomadas durante três semanas para vencer a segunda vaga” do coronavírus, indicou Mitsotakis, segundo o qual os gregos só poderão sair de casa depois de serem autorizados a fazê-lo através de uma mensagem de texto recebida no telemóvel.

O confinamento deve começar às 6h locais (4h em Lisboa) de sábado. Apenas as “lojas essenciais”, incluindo supermercados e farmácias, ficarão abertas, disse o chefe do Governo.

Para sair de casa, será necessário indicar o motivo e o horário por SMS e obter autorização das autoridades pela mesma via. Ao contrário do que aconteceu durante o primeiro confinamento imposto durante seis semanas no final de março, “as creches e escolas primárias continuarão abertas”, indicou Mitsotakis. Para os restantes alunos recomeçará o ensino à distância. Os universitários já se encontram nessa modalidade.

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O novo confinamento acontece numa altura em que o número de mortos e de infetados pelo novo coronavírus aumenta diariamente. Nas últimas 24 horas registaram-se 2.646 casos e 18 mortes ligadas à Covid-19, significativamente acima dos valores diários da semana passada.

Mas é sobretudo o número de doentes nos cuidados intensivos que preocupa as autoridades devido à capacidade do sistema de saúde: os intubados duplicaram num mês, passando de 82 pessoas em 4 de outubro para 169 na quarta-feira.

Nos últimos cinco dias assistimos a um aumento perigoso do número de mortos e da ocupação de (camas) em cuidados intensivos”, disse o primeiro-ministro, justificando a tomada da decisão neste momento.

No total, a Grécia conta com 673 mortos e quase 47.000 infetados.