Entre janeiro e setembro deste ano de pandemia o Serviço Nacional de Saúde fez menos 96 mil cirurgias programadas do que em 2019.

O número, avançado esta quinta-feira pelo Jornal de Notícias, a partir de dados do portal do SNS, representa uma quebra de 22% em relação a igual período do ano passado — e, agora que o Ministério da Saúde emitiu um despacho a dar orientações aos hospitais para ativarem os respetivos planos de contingência e suspenderem durante o mês de setembro “a atividade assistencial não urgente que, pela natureza ou prioridade clínica, não implique risco de vida para os utentes, limitação do seu prognóstico e/ou limitação de acesso a tratamentos periódicos ou de vigilância”, só tenderá a avolumar-se.

Só entre março e maio, já tinha o Observador revelado esta semana, a partir de dados avançados pelo Tribunal de Contas, os hospitais públicos portugueses fizeram menos 93.300 cirurgias programadas do que no mesmo período em 2019 — o que equivale a uma quebra de 58%. Isto significa que ao longo dos meses de verão foi efetivamente feito um esforço de recuperação, que ainda assim não foi suficiente para suplantar o volume atingido no ano passado.

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