O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior defendeu esta quinta-feira, em Coimbra, um aumento da oferta de formações curtas no ensino superior, considerando que a pandemia veio intensificar esse mesmo processo.

Manuel Heitor salientou a necessidade de as universidades e politécnicos diversificarem a oferta com cursos curtos e cursos pós-graduados, considerando como exemplo disso mesmo a iniciativa “Verão com Ciência”, que promoveu o desenvolvimento de “escolas de verão” e que teve “um sucesso bastante grande”. O programa “Verão com Ciência”, disponibilizado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, apoiou 80 iniciativas de investigação e formação superior, envolvendo 21 instituições e concedendo 1078 bolsas, tendo sido Coimbra a instituição que mais “escolas” criou – um total de nove.

“Não há qualquer dúvida de que é para continuar, quer as escolas de verão, quer a integração disto num processo sistemático e gradual de diversificar a oferta sobretudo com cursos curtos e pós-graduados”, afirmou Manuel Heitor, que falava aos jornalistas após ter participado num debate na Universidade de Coimbra sobre a iniciativa. Apesar de a diversificação da oferta formativa não ser “um processo novo” no ensino superior, “a pandemia veio acelerá-lo e intensificá-lo”, notou o ministro.

Para Manuel Heitor, mais do que criar novos cursos no ensino superior é necessário “formas diversificadas de aprender à noite ou ao fim de semana”, com pequenos cursos ou abrir outras possibilidades, como um “estudante tirar uma disciplina noutra faculdade ou noutra escola”. Para além disso, essa oferta de formação mais curta será também importante para a formação ao longo da vida, realçou.

“Num ambiente em que a mudança tecnológica está a acelerar e que a pandemia veio também intensificar, é preciso converter, atualizar competências”, constatou, considerando que a experiência neste verão veio lançar “um alerta de uma necessidade intrínseca sobre formas diferentes de aprender e ensinar”.

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