A Tesla foi fundamental para a Panasonic ter atingido o estatuto do maior fabricante de baterias de iões de lítio, da mesma forma que a Panasonic desempenhou um papel crucial para o desenvolvimento e evolução das baterias que equipam os Tesla, como parceiro técnico para os acumuladores da marca norte-americana.

Os problemas em alcançar o acordado volume de produção na Gigafactory 1, no Nevada, causaram alguns arrufos entre ambos e poderão ter levado Elon Musk a querer apressar uma concepção própria de baterias, as novas 4680. Mas há contratos a cumprir e enquanto houver Model S, X e 3, Panasonic e Tesla vão continuar bem juntinhas, a produzir as baterias cilíndricas 18650 para os Model S e X e as 2170 para os Model 3 e Y.

Este casamento por conveniência não implica que não exista amor. Há e em forma de produzir versões das células cilíndricas mais eficientes, pois isso favorece a empresa japonesa e a americana. Daí que a Panasonic tenha deixado escapar, num recente simpósio, que estava a converter a Gigafactory 1 para ali poder fabricar um novo tipo de células.

Segundo o fabricante de baterias de iões de lítio, as novas células vão permitir recarregar mais rapidamente e com potências superiores, além de oferecerem maior densidade energética, o que significa que serão mais leves e baratas, para a mesma capacidade, ou poderão garantir maior capacidade para o mesmo volume ou peso.

A vice-presidente da Panasonic americana, Celina Mikolajczak, garantiu que as novas células, fruto de um investimento de 100 milhões de dólares, terão uma densidade energética 5% superior e com mais 10% de capacidade. Mas o mais interessante será o incremento em recarregar com potências superiores. Resta saber que modelos irão beneficiar primeiro das novas baterias.

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