A política europeia para a educação e formação deve apostar no desenvolvimento das competências e capacidades, no fortalecimento da digitalização e da sustentabilidade e na inclusão e equidade, defendem Alemanha, Portugal e a Eslovénia num plano anunciado esta quarta-feira.

Os ministros da Educação e Ensino Superior dos três países, que exercem sucessivamente a presidência do Conselho da União Europeia entre julho de 2020 e dezembro de 2021, enviaram esta quarta-feira uma carta aos homólogos dos 27 com as prioridades para a educação e formação.

“O desenvolvimento das competências e capacidades, o fortalecimento da digitalização e da sustentabilidade e a promoção da inclusão e equidade, com sucesso para todos”, são as prioridades definidas para as respetivas presidências.

Na missiva, os três países frisam o papel da educação e da formação no desenvolvimento de uma Europa “soberana, inclusiva, coesa e mais sustentável” e consideram que o atual momento “será decisivo” para definir o papel que as duas áreas terão “na exploração do novo caminho da Europa na sequência da pandemia provocada pelo coronavírus”.

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“Os sistemas de educação e formação têm de estar preparados para enfrentar plenamente o desafio do conhecimento científico emergente e das mudanças tecnológicas e sociais, ligadas também com a digitalização”, lê-se na carta. Para tal, precisam, os sistemas devem promover “a inovação para o crescimento e o emprego”, “os investimentos nas competências e na educação das pessoas” e procurar “sinergias dentro do sector da educação e formação” e com outros setores, “como a investigação e o emprego, a inovação e a digitalização”.

A experiência da pandemia “demonstrou que a educação e a formação devem ser suficientemente flexíveis e resistentes a interrupções nos seus ciclos regulares“, o que passa por “reforçar uma mobilidade livre e inclusiva dos estudantes e dos professores por toda a Europa” e por “uma abordagem a vários níveis para utilizar o potencial da educação” nas transições e na sustentabilidade.

Alemanha, Portugal e Eslovénia comprometem-se, nomeadamente, a contribuir para o novo quadro estratégico europeu para a educação e a concluir atempadamente as negociações para o futuro programa Erasmus+, frisando que, ao nível europeu, “fortes investimentos” na área, designadamente em infraestruturas, têm de integrar o orçamento da UE para 2021-2027 e o Fundo de Recuperação pós-pandemia.