O Paços de Ferreira assegurou esta sexta-feira em comunicado que procurou fazer parte da solução sobre o eventual reagendamento do jogo com o Moreirense, da I Liga de futebol, recusando quaisquer responsabilidades em todo o processo.

Num extenso comunicado, a formação pacense confirma ter sido contactada pelo Moreirense no início da semana para um eventual reagendamento do jogo, marcado para sábado, garantindo que “prontamente demonstrou a sua disponibilidade desde que as consequências daí decorrentes não viessem a prejudicar desportivamente” o clube.

Os pacenses queriam, designadamente, evitar realizar o jogo “em momentos em que se pudesse verificar a ausência de atletas, em intervalos entre jogos e microciclos programados”, de modo a que o clube mantivesse “legítimas aspirações à participação da fase final da Taça da Liga”.

O Paços esclareceu que “não foi possível encontrar soluções consensuais entre os clubes” após esse primeiro contacto, tendo sugerido dois dias depois que “a Moreirense SAD solicitasse à Liga Portugal uma reunião entre as partes, para que de forma célere e eficaz se encontrassem soluções para o necessário reagendamento do jogo”, o que viria a concretizar-se na quinta-feira.

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“Discutido o tema juntamente com a Liga Portugal, o FCPF transmitiu a disponibilidade para o reagendamento e teve nessa reunião conhecimento do alegado elevado número de infetados pela Covid-19”, pode ler-se no comunicado.

O Paços esclareceu ainda que as novas datas “ficaram inclusivamente pré-definidas nessa reunião”, tendo ficado acertado que “tudo deveria estar esclarecido e solucionado durante a tarde do dia 5” e que competia ao Moreirense diligenciar junto de outras sociedades desportivas e do operador televisivo a respetiva concordância.

“Uma vez que até às 18h00 o FCPF não havia sido contactado por nenhuma entidade, designadamente a Moreirense SAD, dando conta da possibilidade ou impossibilidade das entidades envolvidas no pretendido reagendamento, transmitiu que uma vez que não se encontravam verificadas as condições consensualmente assumidas, tornar-se-ia imperativo a realização do jogo designado para o dia 7″, referiu.

Segundo o Paços, o clube “não pode assumir e transformar o infortúnio de terceiros num problema seu”, considerando ter “toda a legitimidade” para lamentar este processo, ao lembrar que foi “voz ativa e permanente durante a paragem do campeonato na época 2019/2020, de que haveria necessidade de criar regras, mesmo com caráter excecional, para situações desta natureza, sendo que essa sua pretensão não mereceu o acolhimento devido”.

O emblema pacense desafiou ainda a Liga Portugal a tomar “uma posição formal sobre todo este processo”.

Sabemos que esta é uma situação que pode afetar todas as sociedades desportivas, mas importa minimizar riscos e é por essa razão que o FCPF implementou regras rígidas e despende milhares de euros mensalmente no cumprimento dessas regras e na realização de testes, com afetação grave do seu orçamento”, acrescentou o Paços, que termina desejando “um rápido restabelecimento a todos aqueles que possam estar a viver as consequências desta pandemia”.