A concelhia do PS de Coimbra mostrou-se “desiludida” com a ministra da Saúde, por ter anunciado que a nova maternidade será construída nos Hospitais da Universidade de Coimbra, apelando a que mude a sua decisão.

O comunicado do PS de Coimbra surge depois de ter sido noticiado pela imprensa local que a ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou, quando questionada pelo PSD na Assembleia da República, que a nova maternidade da cidade deverá ser construída no perímetro dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), ao invés do Hospital dos Covões, outra unidade integrante do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

No comunicado, a concelhia recorda que a Câmara Municipal, a Assembleia Municipal, o PS local e outras forças políticas são a favor da construção da maternidade no perímetro do Hospital dos Covões, ao invés da solução nos HUC.

“Menos se compreende que, tendo vossa excelência sido eleita deputada por Coimbra e tendo contado com o esforço, o empenho e a dedicação dos militantes e simpatizantes do Partido Socialista na cidade que contribuíram para a sua eleição, assim os desiluda de forma drástica e mesmo provocatória”, afirmou a concelhia do PS, na nota enviada à ministra da Saúde a que a agência Lusa teve acesso.

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Os socialistas de Coimbra sublinham também que o próprio presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado (PS), defendeu “em múltiplas intervenções públicas” a necessidade de construção da nova maternidade nos Covões, ficando agora “em difícil situação de credibilidade que lhe é devida perante a população e os cidadãos de Coimbra, sujeito a ataques verrinosos que em nada beneficiam Coimbra e o Partido Socialista”.

Para a concelhia, “não há razões técnicas nem razões políticas que impliquem a construção da Nova Maternidade nos HUC (excepto se pretenderem destruir o Hospital Geral dos Covões), pois só outras razões e não demonstradas, nem confessáveis podem levar a uma opção totalmente irracional”.

No final da comunicação, o PS de Coimbra apela à ministra para que “pondere e decida em definitivo pela construção da nova maternidade em Coimbra” no perímetro do Hospital dos Covões, defendendo “a segurança e o interesse das pessoas, a credibilidade das instituições e o sucesso da governação socialista na cidade e no país”.