Investigadores da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa do Porto lideram um estudo que visa perceber qual o impacto da criação da vacina Covid-19 na saúde mental dos portugueses, revelou esta segunda-feira a responsável.

Em declarações à Lusa, Patrícia Batista, investigadora do Human Neurobehavioral Laboratory da Católica do Porto, afirmou que o estudo visa avaliar o impacto do desenvolvimento da vacina contra o novo coronavírus, que provoca a Covid-19, na ansiedade dos portugueses.

Achamos pertinente avaliar o impacto do desenvolvimento da vacina nos níveis de ansiedade dos portugueses, uma vez que a vacina está já em desenvolvimento”, referiu.

Segundo Patrícia Batista, o estudo tem por base um inquérito online segmentado em três partes: um questionário sociodemográfico, um questionário sobre crenças de saúde e outro sobre os níveis de ansiedade.

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O questionário, que está disponível na página oficial da Católica do Porto desde o início de outubro e assim se manterá até ao final de novembro, pretende “abranger toda a população” e em particular dois públicos-alvo: “os estudantes e os profissionais de saúde”.

De acordo com Patrícia Batista, a finalidade da investigação é “orientar planos estratégicos”, nomeadamente ao nível de decisões políticas, mas também de campanhas de sensibilização, cuja “prioridade é ter por base evidência”.

Queremos conhecer a opinião dos portugueses sobre esta temática e as suas ansiedades para minimizarmos o impacto na saúde mental e orientar os passos seguintes a nível nacional no decurso da pandemia no que diz respeito à tomada de decisões políticas, campanhas de sensibilização e também dar enfoque ao aumento da literacia em saúde”, sublinhou.

À Lusa, a investigadora explicou ainda que o estudo, intitulado “Covid-19 vacina: do poder biotecnológico ao impacto psicológico”, surge na sequência de outro desenvolvido em parceria com o Stress LAB do departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro, e que visava averiguar “a ansiedade e os medos associados à covid-19”.

Esta segunda-feira, a farmacêutica Pfizer revelou que dados provisórios sobre a vacina contra o novo coronavírus indicam que pode ser eficaz em 90% dos casos e que este mês pedirá o uso em situações de emergência nos Estados Unidos.

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