Um estudo feito por médicos da Sociedade Espanhola de Medicina Interna identificou quatro grupos distintos de pacientes Covid-19, depois de analisar mais de 12 mil doentes hospitalizados com o coronavírus.

Um primeiro grupo, que abrange 8.737 pacientes (72,4% do total analisado) tinha febre, tosse e dificuldade em respirar (dispneia), afetando sobretudo “homens mais velhos com maior prevalência de comorbilidades”. Cerca de 10% dos pacientes (847) deste grupo tiveram de ser internados nos cuidados intensivos, mas o número de mortes seria mais elevado, chegando aos 24% (2522) de todo este grupo.

Num segundo grupo, com perto de 10% dos pacientes (1.196), regista-se enfraquecimento do paladar (ageustia) e perda do olfato (anosmia), normalmente acompanhadas de febre, tosse e/ou dificuldade em respirar. Este grupo registou uma menor percentagem de entradas em cuidados intensivos (71 pacientes, cerca de 6% do grupo) e uma menor taxa de mortalidade (4,3%).

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Com mais de 7% dos pacientes (880), no terceiro grupo havia ainda dor nas articulações e/ou músculos, dor de cabeça, dor de garganta, muitas vezes acompanhados de febre, tosse e dificuldade em respirar. Perto de 11% (95) destes pacientes tiveram de ser colocados em cuidados intensivos e quase 15% (129) morreram.

Finalmente, num quarto grupo, com cerca de 10% do total (1.253 pacientes), houve diarreia, vómitos e dor abdominal, também acompanhados de febre, tosse e/ou dificuldade em respirar. Um total de 8,5% (107) destes doentes tiveram de ficar em cuidados intensivos e mais de 18% (233) morreram. É a segunda taxa de mortalidade mais elevada entre os quatro grupos.

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