A operadora de telecomunicações francesa Orange anunciou esta terça-feira o lançamento da primeira rede de fibra ótica pan-africana, que irá “simplificar a interligação” entre os países da África Ocidental e satisfazer as “necessidades crescentes” de conetividade na região.
A rede, apelidada Djoliba — o nome do rio Níger em bamana —, assegurará a ligação em oito países da África Ocidental e tem potencial para alcançar 330 milhões de pessoas no Burkina Faso, Costa do Marfim, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Nigéria e Senegal.
“Feliz por anunciar hoje [terça-feira] o lançamento da Djoliba, a primeira rede pan-africana na África Ocidental, que vai permitir às populações locais que tenham acesso a mais saúde, educação e computação em nuvem“, escreveu o diretor-geral da Orange para África e Médio Oriente, Alioune Ndiaye, na plataforma Twitter.
Heureux d’annoncer aujourd’hui le lancement de Djoliba, le 1er #réseau panafricain d’Afrique de l’ouest, qui va permettre aux populations locales d’accéder à encore + de services de #santé, d'#éducation, et de #cloudcomputing ????????????????????????aux équipes pic.twitter.com/h1dEYbEgfQ
— Alioune Ndiaye (@AliouneNdiaye_) November 10, 2020
Até agora, as redes de telecomunicações na região eram construídas dentro de cada país e sem redes transfronteiriças.
“De modo a fornecer serviço entre duas capitais, os operadores tiveram de integrar as ofertas de vários fornecedores que estavam interligados na fronteira”, explica a Orange num comunicado, acrescentando que “esta nova rede é uma verdadeira inovação que simplifica os processos de interligação entre países”.
O grupo francês participa também noutras iniciativas para melhorar o acesso à internet no continente, incluindo no consórcio “2Africa”, indicando que está a investir mil milhões de euros por ano para o desenvolvimento de infraestruturas de rede em África.
Atualmente presente em 18 países africanos, incluindo na Guiné-Bissau, a Orange conta com mais de 120 milhões de clientes e pretende tornar-se na operadora de telecomunicações líder no continente até 2025.