Moçambique passou em 13 dos 20 indicadores de uma agência de apoio externo dos EUA, mas reprovou noutros, sobretudo no indicador de direitos políticos, anunciou a instituição.

“Moçambique obteve ganhos nalgumas categorias”, como na política fiscal (medida pelo Fundo Monetário Internacional), mas “foi contrariado por um declínio de cinco pontos no indicador de direitos políticos, que se baseia no relatório 2020 sobre a Liberdade no Mundo da Freedom House”, anunciou a Corporação Desafio do Milénio (MCC, sigla inglesa) em comunicado.

O indicador de direitos políticos mede, entre outros aspetos, a prevalência de eleições livres e justas, a capacidade dos cidadãos de formar partidos políticos que possam competir de forma justa nas eleições, bem como a liberdade em relação a militares, potências estrangeiras, partidos totalitários, hierarquias religiosas e oligarquias económicas.

A MCC irá continuar a trabalhar com o Governo de Moçambique para desenvolver um compacto de assistência de alto impacto até 2023 que irá aliviar os constrangimentos ao crescimento económico e à redução da pobreza”.

O desenvolvimento de um novo programa de apoio “irá desempenhar um papel crucial para desbloquear o crescimento de Moçambique”, disse o Embaixador dos EUA em Moçambique, Dennis Hearne, citado no documento.

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Criada em 2004, a MCC é uma agência de assistência externa concebida para desenvolver programas de redução da pobreza em países em desenvolvimento, através da promoção de crescimento económico.

A MCC e o Governo de Moçambique desenvolveram um compacto de cinco anos, no montante de 506,9 milhões de dólares (429,4 milhões de euros) em 2008 para investir em água e saneamento, estradas, posse de terra, e agricultura, recorda a instituição.

“O Conselho de Administração da MCC selecionou Moçambique para desenvolver um compacto subsequente em dezembro de 2019”, sendo o processo liderado pelo antigo ex-ministro moçambicano da Agricultura e Segurança Alimentar e atual coordenador nacional da MCC, Higino de Marrule, e pelo diretor residente, Kenneth Miller, por parte dos EUA.