A Câmara de Lisboa vai apoiar a fundo perdido, no valor total de dois milhões de euros, empresas e empresários em nome individual do setor da cultura que tenham tido um volume de negócios até 500 mil euros em 2019.

A medida foi esta quarta-feira anunciada pelo presidente da autarquia, Fernando Medina (PS), que falava nos Paços do Concelho para apresentar um plano de apoio às empresas, emprego, famílias e associações, na sequência do agravamento do contágio da Covid-19 e do impacto económico e social das novas restrições à circulação.

As empresas que registaram em 2019 um volume de negócios até 100 mil euros receberão um apoio total de quatro mil euros, as que tenham faturado entre 100 mil e 300 mil euros terão direito a seis mil euros, enquanto as empresas ou empresários com volume de negócios entre 300 e 500 mil euros deverão receber um apoio de oito mil euros.

Segundo Fernando Medina, o apoio será pago em duas tranches, entre dezembro deste ano e março de 2021, e as empresas não poderão ter dívidas para acederem à medida.

As quebras de faturação registadas entre janeiro e setembro deste ano têm de ter sido superiores a 25%, estabelece a autarquia.

O presidente da câmara avançou também que o município vai contratar, em 2021, “mais artistas e mais produções” do que este ano, estando previsto um investimento de 5,9 milhões de euros.

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Será igualmente dado apoio às salas e clubes com programação de música, no valor de 600 mil euros, e reforçada a aquisição de livros por parte da autarquia às livrarias independentes.

Fernando Medina explicou que a câmara costuma gastar cerca de 100 mil euros por ano no âmbito do seu programa de aquisição de livros e que no próximo ano vai “antecipar quatro anos”, gastando 400 mil euros em livrarias independentes.

Os livros serão depois “distribuídos pelas bibliotecas” da capital, referiu, defendendo que esta é uma forma de o município ter “mais e melhores livros na cidade de Lisboa”, apoiando simultaneamente as livrarias.