Desde 8 de novembro, domingo passado, que o número de doentes hospitalizados com Covid-19 não pára de aumentar. Há seis dias consecutivos que se chega a novos máximos e esta sexta-feira não foi exceção: há 2.799 internados nos hospitais, cinco deles hospitalizados nas últimas 24 horas. Os limites do Serviço Nacional de Saúde continuam a ser pressionados.
Conhecido o boletim epidemiológico da Direção-Geral de Saúde (DGS) desta sexta-feira, o padrão mantém-se e todos os dias de novembro estão na lista dos dias com mais pessoas hospitalizadas (embora não por ordem cronológica). Se esquecermos o dia 1 de novembro, a mesma leitura é válida para os doentes em estado grave ou crítico e par os óbitos diários. Quanto a novos contágios, até à data, só a 4 de novembro o valor diário foi superior ao desta sexta-feira (6.653 contra 7.497). No entanto, aqueles valores incluíam atualizações de vários dias e o número real, contado em 24 horas, foi então de 3.927 novos diagnósticos positivos.
Ao décimo terceiro dia de novembro, Portugal passa ainda outra marca de má memória: os 200 mil casos acumulados de infetados desde que a pandemia chegou ao país.
Quanto às mortes, é o terceiro pior valor desde o início da pandemia — ultrapassado apenas por 11 e 12 de novembro, com 82 e 78 óbitos, respetivamente.
Dos 69 óbitos revelados esta sexta-feira, 27 foram registados na região de Lisboa e Vale do Tejo, 32 no Norte, 8 no Centro, 1 no Alentejo e 1 no Algarve. As vítimas mortais são 33 homens e 36 mulheres. Destes, 19 homens e 24 mulheres tinham mais de 80 anos. Já entre os 70 e os 79 anos foram contabilizados 15 óbitos, 5 deles vítimas do sexo feminino.
Na faixa etária entre os 60 e os 69 anos, registaram-se 9 vítimas, três delas do sexo masculino e, entre os 50 e os 59 anos, morreram duas pessoas, um homem e uma mulher.
Nos hospitais, há 2.799 pessoas internadas devido à Covid-19 em Portugal e 388 doentes estão em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), indicador que revela o segundo pior valor de sempre. A 9 e 11 de novembro atingiu-se o pico, com as unidades de saúde a contar 391 doentes hospitalizados em estado grave ou crítico.
Em contrapartida, o boletim mostra ainda que, desde o início da pandemia, 117.382 pessoas recuperaram da infeção. Só nas últimas 24 horas, registaram-se mais 3.693 casos de recuperação — na véspera tinham sido 3.336.