O antigo líder do PSD, Luís Marques Mendes, disse este domingo no seu comentário semanal na SIC que o grande vencedor da solução de governo de direita dos Açores é o Chega. Marques Mendes considera que “saiu o Euromilhões” da política ao Chega e que esta solução açoriana é uma “avenida para o Chega crescer” e um “passaporte para o PSD perder votos nos eleitores moderados do centro”. O facto de haver uma perceção, mesmo que na realidade não aconteça, de que poderá haver um acordo a nível nacional “envenena o PSD”, citando o que já tinha dito Pacheco Pereira.

Relativamente à pandemia, Marques Mendes diz que é inevitável a renovação do estado de emergência, que será proposto pelo Presidente a 19 e aprovado pelo Parlamento a 20. O comentador diz que é “óbvio” que estes “confinamento nos fins de semana não vão continuar por uma razão política“: devido ao Congresso do PCP, que se realiza no último fim-de-semana do mês. Marques Mendes acredita assim que o Governo não vai impor esse confinamento “para evitar a ideia de que há dois pesos e duas medidas.” Ou seja: o confinamento a partir das 13h00, na previsão de Marques Mendes, será aplicado apenas no próximo fim-de-semana. Sobre o facto de o PCP não adiar o Congresso, o antigo líder do PSD diz que ao não adiar o Congresso o PCP “dá um mau exemplo e vai pagar um preço por isso“.

Quanto à gestão da pandemia, Marques Mendes diz que o “Governo está muito sozinho”, já que “não há o grande consenso que havia na primeira vaga”. O antigo líder do PSD diz que “há falta de liderança política” e que se “o Governo foi quase perfeito na primeira vaga”, mas “agora, tem falhado ao longo dos vários dias”. O comentador político diz que “não há uma decisão do Governo que não seja tardia e insuficiente”.

Luís Marques Mendes antecipa, no entanto, que “se tudo correr bem, nos fins de janeiro ou em fevereiro próximo a vacina contra a Covid-19 chegar a Portugal”. Ao chegarem, diz o antigo líder social-democrata, “há que ter em atenção as prioridades da vacinação – profissionais de saúde, idosos e grupos de risco”. E acrescenta: “Se tudo correr bem, no final de 2021 podemos atingir a imunidade geral da população”.

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