Três suspeitos foram esta terça-feira detidos por estarem implicados no roubo de várias peças de valor incalculável, há cerca de um ano, num museu de Dresden, no leste da Alemanha, anunciou o Ministério Público.

Os três detidos, de nacionalidade alemã, são “fortemente suspeitos” de terem participado no roubo no museu Grünes Gewölbe de Dresden, indicaram, em comunicado, o Ministério Público e a polícia, na sequência de uma importante operação em várias regiões alemãs.

Segundo o jornal alemão Bild, as detenções ocorreram em Neukölln, Charlottenburg e Kreuzberg, após uma megaoperação na qual participaram mais de 1.600 agentes da polícia e que incluiu buscas em dezenas de casas, garagens e lojas, incluindo uma joalharia.

Um dos detidos será Wissam Remmo, de 23 anos, que tinha vários antecedentes criminais. Os seus irmãos gémeos Abdul Majed Remmo e Mohamed Remmo, de 21 anos, também são procurados pelas autoridades alemãs.

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Os outros dois suspeitos que foram detidos serão Rabih Remmo e Bashir Remmo, elementos do clã Remmo que tinha estado já envolvido noutro assalto a um museu no coração de Berlim, no qual foram roubados 100 quilos de moedas de ouro.

De acordo com o mesmo jornal, os detidos são acusados de roubo em larga escala e de fogo posto e já foram presentes a juiz durante esta tarde.

A 25 de novembro de 2019, pelo menos quatro ladrões entraram no museu, pouco antes das 5h (4h em Lisboa) para roubar joias do século XVIII, tendo levado, entre outras, o “Dresden White”, também conhecido como o diamante branco da Saxónia, de 49 quilates.

A direção do museu considerou as peças roubadas de valor histórico e cultural “inestimável e não quantificável”. Construído no século XVI, o museu alberga uma das coleções mais importantes de joias antigas da Europa.

Parte do museu ficou destruída no bombardeamento dos aliados, em 13 de fevereiro de 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido posteriormente reconstruída. O Exército Vermelho apropriou-se de parte das obras, levadas para a antiga União Soviética. Em 1958, as obras regressaram a Dresden, uma das principais cidades da antiga República Democrática Alemã (RDA).