O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) sinalizou três vítimas de tráfico de seres humanos no âmbito de uma investigação realizada na zona da Covilhã, distrito de Castelo Branco, informou esta segunda-feira aquele serviço.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o SEF especifica que a investigação decorre sob coordenação do Ministério Público e que, na última semanada foi realizada uma operação que permitiu constituir arguido um cidadão nacional, assim como a empresa de que é proprietário.

A nota de imprensa explica que o homem é suspeito de “explorar trabalhadores estrangeiros, essencialmente oriundos da península indostânica [constituída por países como Índia, Paquistão e Bangladesh]”, que se encontrem em situação irregular em território nacional.

Alegadamente, o suspeito não paga as remunerações devidas pelo trabalho prestado e, em alguns casos, como confirmado no decurso da ação, exige aos trabalhadores quantias monetárias como requisito prévio para o estabelecimento de relação laboral, refere o SEF.

“Foram realizadas buscas a viaturas e à residência do arguido na zona da Almada e a uma habitação nas imediações da Covilhã, onde eram colocados os trabalhadores sem o mínimo de condições de habitabilidade e onde foram identificados seis cidadãos estrangeiros”, detalha a informação. O SEF adianta ainda que “foi aprendida diversa documentação relacionada com a alegada atividade ilícita desenvolvida, assim como material informático e de comunicações”. O arguido ficou sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência.

A investigação do SEF teve início no mês de outubro e contou com a colaboração de uma organização não-governamental vocacionada para o apoio a vítimas do crime tráfico de seres humanos. Na operação estiveram envolvidas duas dezenas de operacionais do SEF.

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