A Comissão Europeia adotou esta quarta-feira uma recomendação sobre o uso de testes rápidos de antigénio para a Covid-19, tendo como objetivo “assegurar uma abordagem comum e estratégias de testes mais eficazes” nos Estados-membros União Europeia (UE).
A recomendação adotada esta qurta-feira pela Comissão Europeia fornece orientações aos Estados-membros sobre “como selecionar os testes rápidos de antigénio, quando são apropriados, e quem os deve administrar” e apela também à “validação e mútuo reconhecimento” destes testes dentro da UE.
O reconhecimento mútuo dos testes tem uma importância primordial para facilitar o movimento transfronteiriço e a localização e tratamento de contactos transfronteiriços. Os Estados-membros são fortemente encorajados a reconhecerem mutuamente os resultados dos testes rápidos de antigénio”.
A Comissão Europeia recomenda também que os Estados-membros façam “testes rápidos de antigénio em complemento aos testes RT-PCR [testes moleculares] para conter a propagação do vírus, mitigar infeções e limitar as medidas de isolamento de quarentena”.
To slow down the spread of coronavirus, we need to scale up testing.
Today, we provide guidance to EU governments on the use of rapid antigen tests, to boost their testing capacity, and on mutual recognition of tests' results in the EU. https://t.co/xvUnNf9PBl
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) November 18, 2020
Uma rápida identificação de indivíduos afetados auxilia a gestão e a monitorização regular de grupos de alto risco, como o pessoal médico ou os lares de terceira idade”.
Em comunicado, a comissária com a pasta da Saúde, Stella Kyriakides, sublinha que a testagem é uma “ferramenta decisiva para conter a propagação do Covid-19”.
A testagem diz-nos a extensão da propagação, onde está e como se desenvolve [o vírus]. (…) O apoio e a solidariedade são primordiais para se ultrapassar esta pandemia”.
O executivo comunitário anunciou também que assinou um acordo com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC) no valor de 35,5 milhões de euros, com o objetivo de “aumentar a capacidade de testagem” na UE.
O investimento [na IFRC] será utilizado para apoiar a formação do pessoal na recolha de amostras e análises dos testes”.
Os líderes dos 27 vão reunir-se na quinta-feira para uma cimeira virtual onde debaterão a resposta coordenada da UE à pandemia atual de Covid-19.