O número de desempregados inscritos nos centros de emprego diminuiu, em outubro, 1,6% face a setembro, naquela que foi a primeira descida desde julho. Porém, se a comparação for feita com o mesmo mês de 2019, o aumento foi de 34,5%. Segundo os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), no final de outubro estavam registados 403.554 desempregados.

Todas as regiões do continente viram o desemprego recuar, face ao mês anterior, exceto o Algarve, fortemente dependente do turismo, em que o aumento foi de 13%. Os Açores (+0,1%) e a Madeira (+0,4%) também registaram um aumento do número de inscritos. Mas se olharmos em termos homólogos, a subida é ainda mais expressiva no Algarve (+134,2%) e na região autónoma da Madeira (+30,5%). Nos Açores, houve um recuo de 0,8%.

“Para o aumento do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2019, variação absoluta, contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para as mulheres, adultos com idade igual ou superior a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário”, refere a nota do IEFP.

Entre os setores mais afetados (que viram o desemprego subir em termos homólogos) está o dos serviços (+42,3%). “A desagregação deste sector de atividade económica permite observar que as subidas percentuais mais acentuadas, por ordem decrescente, se verificaram nas atividades de: “Alojamento, restauração e similares” (+83,1%), “Transportes e armazenagem” (+63,3%) e “Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio” (+49,9%).”

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Se a comparação for feita em termos mensais, o setor mais afetado é o alojamento, restauração e similares (+3,0%).

Numa nota, o Ministério do Trabalho salienta que “a taxa de cobertura de prestações de desemprego é de 55,5%, o que compara com 52,5% em outubro de 2019”.

Artigo atualizado às 11h20