Investigadores do Parque Arqueológico de Pompeia descobriram este mês os restos mortais de dois habitantes. Os corpos foram descobertos no decorrer de uma escavação na vila suburbana de Civita Giuliana, a noroeste da cidade, onde em 2017 já tinham sido encontrados restos mortais de três cavalos.

Os dois homens morreram na sequência da erupção do vulcão Vesúvio, há quase 2 mil anos. Os investigadores acreditam que as duas vítimas dizem respeito a um homem rico, entre os 30 e os 40 anos, e o seu escravo, entre os 18 e os 23 anos — se o primeiro estava envolto num manto de lã, o segundo estava vestido com uma túnica curta e tinha várias vértebras esmagadas, o que sugere que fazia trabalhos pesados. Os arqueólogos fizeram moldes de gesso das duas vítimas e o resultado são dois corpos praticamente intactos e com detalhes surpreendentes.

Os investigadores acreditam que as duas vítimas estavam à procura de refúgio quando foram apanhadas pela erupção e que muito provavelmente morreram por choque térmico, dado terem as mãos e os pés contraídos. Tanto os dentes como os ossos de ambos os homens foram preservados.

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Os restos mortais oferecem nova informação sobre a erupção que enterrou a antiga cidade romana. A descoberta é uma “fonte incrível de conhecimento para nós”, disse Massimo Osanna, diretor do Parque Arqueológico de Pompeia, citado pelo The New York Times — exemplo disso é o facto dos homens encontrados ostentarem roupas de lã, o que acresce credibilidade à ideia de que talvez a erupção tenha acontecido em outubro de 79 d.C. e não em agosto.

Pompeia continua a ser um sítio “incrível para investigar, estudar e treinar”, afirmou também este sábado o ministro da Cultura Dario Franceschini.