O embaixador português em Pequim considerou este domingo que a inauguração da nova obra dos arquitetos Álvaro Siza Vieira e Carlos Castanheira na China dá prestígio a Portugal e abre portas aos profissionais do setor. Erguido na cidade de Ningbo, na costa leste da China, o MoAE – Museu de Arte e Educação é a quarta obra de Álvaro Siza Vieira na China, nos últimos seis anos.

“É um indicador do reconhecimento e apreço deste mercado pelo trabalho do arquiteto”, apontou José Augusto Duarte. O embaixador comparou a projeção do arquiteto português, vencedor de um prémio Pritzker, ao sucesso de Cristiano Ronaldo no futebol ou de Saramago na literatura.

“Entreabre portas à curiosidade por outros profissionais do mesmo ramo e da mesma nacionalidade, beneficia indubitavelmente o prestígio do próprio e do país, mas também põe o patamar de exigência mais elevado aos demais”, notou.

O museu, situado junto ao Lago Dongqian, tem cerca de seis mil metros quadrados. Em vez de escadas, o edifício, com uma altura de 25 metros, tem uma rampa sem barreiras a ligar os cinco andares e é iluminado apenas por janelas situadas no rés-do-chão e no topo do museu.

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O edifício é um projeto do grupo privado chinês Huamao Group, cujo presidente, Xu Wanmao, decidiu convidar Siza Vieira a liderar o projeto após visitar o Museu de Arte Contemporânea, que o arquiteto desenhou para a Fundação Serralves, no Porto.

A primeira obra de Siza Vieira na China – um edifício de escritórios, desenhado também em parceria com o arquiteto Carlos Castanheira – foi inaugurado em agosto de 2014, no leste do país.

Na Ásia, a dupla portuguesa tem também vindo a assinar projetos em Taiwan e na Coreia do Sul.