As autoridades de Macau anunciaram que, a partir de 01 de dezembro, os estrangeiros vão poder, em casos excecionais, pedir para entrar no território através da China continental.

Assim, quem tenha permanecido na China continental nos 14 dias anteriores à entrada em Macau, se for casado ou se for filho de residentes, pode pedir a isenção das restrições à entrada na região administrativa especial chinesa, de acordo com um comunicado.

Quem tiver obtido autorização de residência, tiver sido admitido em instituições de ensino superior de Macau, ou seja “participante em atividades de negócios, académico ou profissional especializado”, pode também pedir autorização aos Serviços de Saúde para entrar no território.

Por outro lado, as autoridades também podem permitir a entrada de “detentor de autorização de permanência para trabalhador não residente ou de título de autorização de entrada para efeitos de trabalho ou de outros títulos de autorização de permanência para efeitos de acompanhamento de agregado familiar já obtidos ou ter condições para a sua obtenção”.

Desde 18 de março que é proibida a entrada em Macau a cidadãos estrangeiros. O território foi um dos primeiros a ser atingido pela pandemia, tendo registado 46 casos, mas, atualmente, não tem casos ativos.

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O cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Paulo Cunha Alves, tinha avançado à TDM-Canal Macau que os portugueses não residentes em Macau poderão entrar no território depois de uma quarentena na China e da autorização dos Serviços de Saúde locais, lembrando a necessidade de obter um visto de entrada em território chinês.

No início deste mês, a China suspendeu a entrada no território de titulares de passaporte estrangeiro a partir de mais de dez países, incluindo França, Reino Unido e Bélgica, face a novas vagas da Covid-19.

Rússia, Itália, Etiópia, Índia e Filipinas, entre outros países, também foram afetadas pela medida, que inclui pessoas com autorizações de residência válida para trabalho, assuntos pessoais e reagrupamento familiar.

Os primeiros casos da Covid-19 foram detetados na cidade de Wuhan, no centro da China, em dezembro passado, mas, com exceção de surtos esporádicos e localizados, a vida regressou ao normal no país.

Perante a propagação da doença por todo o mundo, a China praticamente fechou as fronteiras, em 26 de março, permitindo a entrada de estrangeiros no país só em casos considerados essenciais.

Em setembro, a China voltou a permitir a entrada de estrangeiros com uma autorização de residência válida, sem a necessidade de pedir novo visto, e com a condição de cumprirem duas semanas de quarentena num centro designado pelas autoridades.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.381.915 mortos resultantes de mais de 58,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.