Apesar de três vacinas contra a Covid-19 terem anunciado que entraram na última fase de testes, a imunidade de grupo poderá só ser alcançada no terceiro quadrante de 2021, de acordo com um estudo desenvolvido pelo Citi Private Bank. Para a análise, o banco partiu do princípio que as vacinas desenvolvidas pela Pfizer e BioNTech, AstraZeneca e Universidade de Oxford e Moderna seriam aprovadas entre dezembro e janeiro de 2021, permitindo a sua produção.

As economias dos países desenvolvidos, que asseguraram já uma encomenda de vacinas, serão as primeiras a beneficiar dos efeitos da imunidade de grupo. De acordo com o estudo do banco, consultado pela CNBC, a vacinação contra a Covid-19 irá fazer crescer o PIB mundial em 0,7%  no próximo ano e em 3% em 2022.

Na semana passada, as vacinas da Pfizer, Universidade de Oxford e Moderna anunciaram ter entrado na última fase de testes antes de serem submetidas à aprovação do regulador. A primeira mostrou ter uma taxa de eficácia de mais de 90% nos resultados preliminares; a segunda de cerca de 70%; e a terceira também de 90%.

Um erro de dosagem levou a que, inicialmente, fosse apontado que a vacina da Oxford tinha uma eficácia de 90%, o que acabou por não se confirmar. De acordo com o The Telegraph, na primavera, os investigadores ficaram surpreendidos pelos efeitos secundários sentidos pelos participantes, mais ligeiros do que era esperado. Ao tentarem perceber o que se tinha passado, aperceberam-se de que 500 voluntários tinham recebido apenas metade da dose. Para suplantar o erro, foi-lhes dado uma nova dose.

Esta segunda-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) disse estar confiante de ser capaz de fazer chegar uma vacina mesmo a países onde existe um cenário de conflito. Christopher Maher, assessor do diretor-geral da OMS, lembrou que a OMS tem experiência de planos de vacinação em grande escala, mesmo em países afetados por conflitos, como a Síria, Somália e Afeganistão. “Estou relativamente confiante que os cenários de crise humanitária não representam um obstáculo intransponível para introduzir vacinas eficazes contra a Covid-19″, declarou, durante um seminário.

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