O Governo de Espanha vai apresentar aos governos regionais um plano para o Natal e para o Ano Novo que inclui uma restrição até seis pessoas do número de ajuntamentos durante aquelas festividades, tal como uma extensão excecional do recolher obrigatório para a 1h00 da manhã.

O projeto desenhado pelo Governo, e que terá de ser acordado com os governos regionais em sede do Conselho Interterritorial do Sistema Nacional de Saúde, prevê um limite máximo de seis pessoas para os ajuntamento de entre 24 e 25 de dezembro e 31 de dezembro e 1 de janeiro, caso vivam em casas separadas. Para as famílias que vivam todas sob o mesmo teto, o limite de seis pessoas não se impõe — o que permite, em hipótese, que uma família de 10 pessoas se reúna sem qualquer problema.

Para as pessoas que tenham estado em contacto com alguém que teve Covid-19, o prazo de isolamento profilático passa, a propósito das reuniões de Natal e Ano Novo, dos 10 dias atualmente em vigor para 14 dias.

O documento também desaconselha as festas de Natal de empresas e amigos, entre outros. “Recomenda-se evitar ou minimizar as reuniões de âmbito social (festas de trabalho, de antigos colegas de escola, clubes desportivos, etc)”, enumera aquele documento. Também nesses casos, as festas “serão de um máximo de seis pessoas e preferencialmente no exterior”.

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São também desaconselhadas as viagens “que não sejam estritamente necessárias”, mas no documento que contém o projeto do Governo de Espanha não há menção à proibição de viagens entre regiões. Dentro de cada uma delas, também não há restrições — embora estas possam vir a ser aplicadas de forma autónoma pelos respetivos governos regionais.

O projeto do Governo de Pedro Sánchez inclui também a aplicação de um recolher obrigatório à 1 da manhã. Atualmente, o recolher obrigatório está em vigor em todas as regiões de Espanha (com a exceção das Ilhas Canárias) e varia de uma para a outra, iniciando entre as 22h00 e as 23h00 e terminando entre as 5h00 e as 7h00.

Em todas as situações, o Governo de Espanha urge os cidadãos a protegerem-se e a agirem de acordo com aquilo a que chamou a estratégia dos 6M:

  • Máscara (sempre que possível)
  • Mãos (lavadas frequentemente)
  • Metros (distância física)
  • Máxima ventilação (janelas abertas em lugares fechados e prioridade para reuniões em locais abertos)
  • Minimizar contactos (e que preferencialmente sejam sempre os mesmos)
  • “Mantenho-me em casa se tiver sintomas, diagnóstico ou contacto com alguém infetado”