TQMT. Te Quiero Mi Todo (Quero-te, meu todo). Esta é a sigla que um casal decidiu eleger como uma maneira de expressar o seu amor. E, apesar de a intenção ser originalmente romântica, o desfecho foi trágico. Iván Vaquero foi assassinado por um homem de 26 anos. A aldeia onde vivia ficou em choque.

Diana e Iván conheceram-se há cinco anos em Velilla de San Antonio, uma aldeia próxima de Madrid. Partilhavam o amor pela natureza e pelos cães e Iván adorava os filhos de Diana. A sigla TQMT simbolizava esse amor, tendo sido também tatuada no peito do homem, que também fez alguns graffitis por várias localidades. A dada altura decidiram ir viver para fora da aldeia, para uma cidade.

A história de amor terminou há pouco tempo. Iván voltou à aldeia onde vivia e ficou na casa da mãe. Já Diana continuou a viver na cidade, mas vinha a aldeia com regularidade. O homem, que este ano completou 39 anos, decidiu, dado o término da relação, pintar “Ya no TQMT” — ou seja, já não te quiero mi todo — no edifício onde Diana trabalhava. Mas esta sigla começou a espalhar-se por toda a aldeia, segundo o El País.

Ninguém sabia quem era o autor do “Ya no TQMT” e em Velilla de San Antonio conspirava-se sobre quem seria o responsável. Mas algo deverá ter mudado, entretanto. Iván arrependeu-se e começou a grafitar “Si TQMT” — si te quiero mi todo — e uma série de insultos ao ex-marido de Diana.

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Passado uma semana do primeiro graffiti referente ao fim da relação, na sexta-feira 13 de novembro, Iván foi buscar comida a um restaurante japonês e viu um grupo de adolescentes a pintar por cima do que tinha grafitado. O homem de 39 anos chamou a atenção, mas os rapazes decidiram responder-lhe. E começou uma discussão, que foi subindo de tom.

Um argentino de 26 anos, Alberto J., meteu-se no meio, sendo que a polícia ainda não sabe bem o motivo. O homem de 26 anos, especialista em artes marciais, espancou Iván de forma violenta. E os golpes atingiram a vítima na cabeça. De forma brutal. O homem de 39 anos morreu dois dias após ter chegado ao hospital. Domingo, dia 15, foi enterrado.

O assassino não mostrava sinais de culpa pelo sucedido. Um vizinho relatou que lhe perguntou, no fim de semana, o que se tinha passado, ao que Alberto respondeu que não “fazia a mínima ideia”. Foi detido na segunda-feira, dia 16 de novembro.

“Mataram o meu primo por escrever umas mensagens de amor”, lamenta um primo de Iván. Mas a aldeia continuava sem saber o significado da sigla. Dias depois foi Diana quem explicitou o assunto e desvendou a sigla. E acrescentou: “Os meus filhos e eu estamos perdidos, sem luz. Tenho que guiá-los no seu caminho, porque a morte de Iván marcará para sempre as nossas vidas”.

Na aldeia considera-se mesmo que Ivan morreu por grafitar o seu amor nos últimos dias.