Ter plantas em casa não é uma moda nova. É uma prática que tem estado connosco há gerações. Mas as razões e motivações por trás desta tendência têm mudado à medida que a sociedade também foi evoluindo. Se pensarmos do ponto de vista mais prático, desde o seu aparecimento, o ser humano depende de plantas para sobreviver. Não só nos asseguram necessidades tão básicas, como oxigénio e alimento, mas a sobrevivência da nossa espécie também se deve graças a estas amigas. As plantas, na sua forma de arbustos e árvores, forneceram-nos abrigo para nos protegermos de predadores e de condições ambientais diversas. Claro que o progresso civilizacional nos permitiu sobreviver afastados da natureza, mas os nossos instintos estão ainda impregnados pelos mesmos sentimentos positivos de segurança e conforto que as plantas espoletam em nós.

E entrando nos dias de hoje, introduzir plantas nos espaços em que vivemos ajuda-nos a voltar a estar ligados a algo tão básico, mas tão essencial, como o meio e o ritmo naturais da vida. As plantas tornam as nossas casas locais mais calmos e positivos. Prova disso é a onda verde criada pelo momento que estamos a viver. De acordo com o Google Trends, a pesquisa na internet por “plantas para ambientes internos” aumentou mais de 100%, fruto do isolamento e distanciamento social dos últimos meses.

Com a ajuda da Generosa — uma loja online de plantas que também ajuda a criar espaços verdes à medida de cada pessoa ou empresa —, preparámos um guia para entrar nesta onda verde e encher a sua casa de plantas. Acha que não sabe cuidar delas? Nós ajudamos.

O ABC das plantas: criar um mini habitat natural em casa

Não há grande sabedoria para cuidar de plantas. Basta-nos pensar que temos de tentar reproduzir o melhor possível as suas condições no seu habitat natural. Ou seja, elas estão sujeitas a chuvas intercaladas com períodos de secura, e a água da chuva penetra livremente em profundidade no solo, assim como as suas raízes. Em casa, as plantas estão em vasos. É como um mini habitat natural que depende de nós para sobreviver. Os passos-chave são simples: a rega, a drenagem, a mudança de terra e um bom vaso.

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A rega

Rosário Sommer, uma das quatro fundadoras do projeto Generosa, explica-nos que, quando regamos as nossas plantas, temos de garantir que toda a superfície da terra do vaso recebe uma quantidade generosa de água. E, claro, temos de a deixar escoar sem ficar retida nos pratos dos vasos. “Se as pudermos levar ao duche, melhor ainda. É senti-las a cantarem à chuva ao sentirem as suas folhas a serem lavadas”, acrescenta. Terminada a sessão de rega, é necessário deixar sair todo o excesso de água que não fica retida na terra do vaso para que a drenagem seja bem feita. Trocando por miúdos: vasos com orifícios no fundo para a água escoar livremente. As plantas precisam de uma terra arejada para crescerem saudáveis. É assim que a natureza funciona. Segue-se um intervalo sem rega que varia consoante a altura do ano, as condições de luminosidade e o tipo de planta. A dúvida mais comum entre os novos amantes de plantas é não saber quando regar, mas, acredite, este não é um bicho de sete cabeças. Basta colocar o dedo na terra: se a superfície estiver seca, a sua planta está a pedir água.

A mudança de terra

Rosário explica que a reserva de água que a planta utiliza para crescer está diretamente relacionada com a quantidade de terra disponível para reter essa água. Com o tempo, parte dos constituintes da terra são consumidos ou degradam-se, pelo que se deve trocar a terra do vaso (e eventualmente de vaso) quando a quantidade de água que fica retida de cada rega se reduz, obrigando a regas mais frequentes. Outros sinais mais visíveis de que está na hora de mudar a sua planta para um novo vaso são as raízes já a sair pelos orifícios de drenagem no fundo dos vasos ou plantas a tombarem com o seu próprio peso.

Mas atenção: quando muda a sua planta para um vaso maior, é importante que este aumento seja gradual. Se mudarmos uma planta para um vaso muito maior que o anterior, vamos alterar substancialmente o ciclo de humidade disponível, e as plantas precisam de um aumento de espaço gradual. Na Generosa, recomendam que o vaso seguinte tenha um diâmetro 3 a 6 cm superior que o anterior.

Acha que é um serial killer de plantas?

Provavelmente não é. Só está a fazer alguma coisa de errado. Rosário Sommer diz que um erro comum é encarar as plantas como objetos decorativos e não como seres vivos que requerem condições específicas e atenção. Se o critério para a escolha de uma planta for somente estético, corre um forte risco de as condições que tem na sua casa não corresponderem às necessidades para o seu desenvolvimento. “Antes de nos aventurarmos a comprar plantas, devemos começar por conhecer bem a exposição social dos espaços em que vivemos. Em particular daquele cantinho que está mesmo a pedir uma planta. Recebe sol? Direto ou indireto? Quantas horas por dia?”, explica. Se escolhe uma planta que requer luz, mas aquele cantinho está sempre na sombra, o mais provável é ela morrer.

Outra causa de morte, e provavelmente a mais comum, é “excesso de amor”, ou seja, excesso de água. A ideia de que as plantas consomem diariamente água como os seres humanos é errada. “As plantas necessitam de ser submetidas a ciclos de humidade, secura e detestam ter as raízes imersas em terra ensopada”, esclarece Rosário.

Então, como saber se estamos a regar demasiado? Rosário Sommer admite que não é fácil entender, porque os sintomas de uma planta que está a ficar afogada são semelhantes aos de uma planta com sede — folhas caídas, descoloradas, manchas escuras —, o que faz com que as pessoas insistam em regar só mais um bocadinho. “É fatal. As plantas estão muito mais bem preparadas para lidar com escassez do que com o excesso de água”.

Talvez a melhor forma de aprender a cuidar de plantas é tentar entender o seu comportamento responsivo à forma como interage com elas. Ao fazê-lo, vai passar a cometer muitos menos erros, pois vai observar antes de agir. E isto não é só bom para elas, mas também para nós. Está comprovado que dedicar um momento a uma planta, numa pausa consciente em ligação com a natureza, é algo que nos devolve bem-estar. Generosidade com generosidade se paga.

Se ainda assim continua com dúvidas, o melhor é pedir ajuda a quem sabe: a Generosa tem uma espécie de linha SOS, na qual, através do WhatsApp, ajuda donos de plantas desesperados.

Pouca luz em casa ou espaços pequenos? Não há problema

As plantas ditas de interior não toleram muito bem a luz direta. Na sua grande maioria, são plantas que, nos seus habitats naturais, vivem felizes e protegidas dos raios solares pelas frondosas copas de florestas tropicais. A luz que recebem já é filtrada e as temperaturas são constantemente amenas. Casas com pouca luz direta, mas bem iluminadas, tendem a ter condições semelhantes e são propícias para a grande maioria das plantas de interior. Assim, se tem uma sala com boa luz, mesmo que não bata o sol direto, qualquer planta de interior vai ser feliz.

E todas as casas podem ter plantas, com a vantagem das pequenas necessitarem de uma quantidade menor de plantas para se tornarem num pequeno oásis. Se tem pouco espaço, pode ter plantas pendentes colocadas em macramés ou em estantes suspensas. É uma boa forma de aproveitar o espaço em altura para criar rapidamente um efeito de “selva urbana”. E pode, claro, escolher plantas mais pequenas que não tendem a crescer muito. A Mimi (a Monstera adansonii) tem folhas muito menores que a sua congénere Mona (Monstera deliciosa), mas é uma excelente opção para quem quer ter esta planta já emblemática, mas que não tem muito espaço.

As melhores plantas para cada divisão da casa

A escolha de uma planta para uma determinada divisão da casa depende, em primeiro lugar, das condições de luz e humidade que existem. E, depois, da disponibilidade de espaço e o tipo de superfícies normalmente disponíveis para colocar os vasos. Plantas maiores com necessidades de luz moderada a elevada vão dar-se melhor na sala — em regra, a maior divisão da casa e com melhor exposição solar. Plantas pendentes, que beneficiam de ambientes mais húmidos, vão viver felizes na cozinha ou na casa-de-banho e nas janelas onde tendemos a aproveitar os parapeitos ou as prateleiras para as colocar. Lembre-se que as plantas necessitam de luz para sobreviver. Não as coloque numa casa-de-banho interior sem janelas. A não ser que tenha a disciplina de as retirar do escuro para as colocar temporariamente num local iluminado todos os dias, dificilmente receberão a quantidade de luz necessária para serem verdadeiramente felizes.

Infografia: Hugo Araújo (Haga)

Plantas no quarto fazem mal?

Este mito está provavelmente associado ao receio de as plantas nos “roubarem” o oxigénio, pelo facto de, durante a noite, na ausência de luz, as plantas consumirem oxigénio e libertarem dióxido de carbono num processo idêntico à nossa respiração. Mas a quantidade de oxigénio consumida por uma planta é muito baixa face à quantidade consumida por outro ser humano, ou animal, durante uma noite ao nosso lado no quarto. Rosário Sommer acrescenta: “Se imaginarmos a terra como um quarto gigante, então os animais estariam em sérios apuros, se as plantas consumissem uma quantidade significativa de oxigénio todas as noites face à que libertam durante o dia”.

Se quer ter plantas no quarto, não tenha medo. Pode até ter plantas que purificam o ar como o Edu (Photos) e o Sebas (a famosa Espada-de-São-Jorge), que é especial: continua a produzir oxigénio às escuras.

Sem tempo para cuidar das plantas? Também há solução

No seu habitat natural, há plantas que vivem em condições muito agrestes, em zonas de savana e até semidesérticas, e que, mesmo assim, aprenderam a sobreviver. Estas são as plantas que se vão adaptar perfeitamente a novos donos mais esquecidos. Um bom exemplo são o Sebas (Espada-de-São-Jorge) e a Zazá (Zamioculca zamiifolia). São plantas com um metabolismo adaptado, que as tornam muito eficientes na gestão de luz e água disponíveis, e que, por isso, são bastante generosas mesmo para quem não lhes dá a devida atenção. Sobrevivem a travessias de secura, toleram ambientes com pouca luz e não revelam facilmente a sua insatisfação. “São mesmo simpáticas”, acrescenta Rosário. “Mas não sobrevivem a tudo. Não toleram rega em excesso, eventualmente motivada por acessos de culpa. Precisam mesmo de passar por ciclos de terra húmida e terra seca para serem verdadeiramente felizes ao utilizarem as reservas de água que acumulam nas suas folhas e caules.”

Plantas para quem tem animais

As plantas não podem fugir quando se apercebem da presença de um herbívoro. Para se protegerem, não saindo do seu lugar, muitas evoluíram no sentido de produzirem substâncias secundárias de sabor muito desagradável, para serem tudo menos apetitosas. A maioria dessas substâncias pretende afastar, e não ser fatal. Ainda assim, podem provocar desconforto mais ou menos severo para os animais de estimação. Se tem gatos ou cães que, volta e meia, gostam de dar umas trincas nas folhas verdes e bonitas que estão à sua frente, escolha plantas que não produzam essas substâncias e que são consideradas plantas não tóxicas. E a lista é extensa. Entre o sortido da Generosa, pode escolher a Ariana, a Bambi, a Nini, a Môr, a Paxá, a Pony e a Poppy.

Quer oferecer um presente? Ofereça amor num vaso

Comprar plantas na loja online da Generosa é simples e conveniente. Além do site apresentar coleções temáticas, o descritivo das plantas inclui informações relativas aos seus cuidados básicos para ajudar a escolher a melhor planta para cada caso. Na zona de Lisboa, as entregas são feitas por estafeta e chegam ao seu destino num embrulho Generosa. Nos restantes envios, para Portugal Continental, as plantas são cuidadosamente acondicionadas para a sua proteção durante a viagem. Se for um presente, existe ainda a possibilidade de juntar um embrulho à caixa de envio. Basta indicá-lo na caixa de notas.

Quatro plantas perfeitas para oferecer este Natal

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  1. A Môr (Planta-coração):Palavras para quê? É pura natureza a expressar amor.
  2. A Poppy (Planta-missonária): Pela sua história é, por definição, uma planta para partilhar com os amigos. A Poppy foi adotada durante décadas por centenas de famílias sem nunca ser comercializada, apenas partilhada.
  3. O Cajó (Cróton): Porque é Natal, e o Cajó é verde, vermelho e dourado.
  4. E o Sebas (Espada-de-São-Jorge): Porque é a planta ideal para oferecer a quem está a iniciar a sua aventura no maravilhoso mundo das plantas. Praticamente imortal, é generoso ao ponto de ser uma planta purificadora do ar e ainda faz parte do grupo de plantas que liberta oxigénio durante a noite.

 

Para facilitar a organização e a compra antecipada de plantas para oferecer neste Natal, a Generosa tem ainda duas opções: o cartão-presente e o cabaz de plantas. O cartão presente pode ser simplesmente digital ou ser enviado num envelope embrulhado para a morada indicada, podendo ser utilizado nos produtos e serviços da loja online. O cabaz de plantas inclui um fator surpresa, porque incluem uma ou várias plantas selecionadas pela equipa da Generosa, consoante a opção, com a garantia de serem plantas versáteis e fáceis de cuidar. É uma sugestão original para quem procura um presente para oferecer a amigos.

E uma planta é um presente cheio de amor, um gesto de oferecer vida e energia. Rosário Sommer explica esta relação entre nós e a natureza: “Oferecer uma planta é algo que perdura, é um presente que nos continua a oferecer vida durante muito tempo, à medida que cresce e se desenvolve. Uma espécie de presente a longo prazo. Mas é sabido que há frequentemente um receio de não sermos capazes de cuidar desse ser vivo. É por isso que a Generosa salienta a possibilidade de adesão ao Clube Generosa. Este apoio personalizado, prestado por uma equipa de especialistas, existe para maximizar o sucesso e prazer retirado deste presente tão especial”.

Pode conhecer as coleções de plantas da Generosa na loja online, bem como as opções especiais para este Natal.