A exceção à regra é o dia 26 de novembro. Não fosse essa data, hoje seria o décimo sétimo dia com o número de internados em cuidados intensivos (UCI) a subir. Na quinta-feira passada, depois de duas semanas sempre a subir consecutivamente, parecia que finalmente se tinha pisado no travão, ainda que levemente. Em relação à véspera, havia menos um internado em UCI. Foi sol de pouca dura, e desde então, os números regressaram às subidas. E não se limitam a aumentar. Desde sexta-feira, há três dias consecutivos, que se regista diariamente o pior número de sempre de hospitalizados em cuidados intensivos. Domingo mantém a regra: há 536 doentes em camas de UCI, o valor mais elevado até agora.
A pressão sobre as autoridades de saúde mantém-se, numa altura em que a possibilidade de esgotar a capacidade de internamento nos hospitais portugueses é uma das principais preocupações.
Nas últimas 24 horas, registaram-se também 64 mortes e 4.093 novos casos de infeção pelo vírus da Covid-19 em Portugal, números avançados no boletim epidemiológico da Direção-Geral de Saúde. Duas descidas em relação à véspera, dia em que o país contou 87 óbitos (o segundo pior dia de sempre) e 4.868 novos diagnósticos positivos.
Norte com quase 2.500 novos casos, mais de metade do total
Dos cerca de 4 mil diagnósticos positivos, a maioria está no Norte, como tem sido padrão. São 60,8% dos casos, o que em números absolutos representa mais 2.490 infetados naquela região. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo com menos de mil infetados registados: 23,9% do total nacional, o que corresponde a 979 novos contágios.
No Centro, segundo no boletim epidemiológico, são 444 casos, no Alentejo mais 84 e no Algarve somam-se 49 contágios. Nas ilhas, os Açores reporta mais 37 diagnósticos positivos e a Madeira uma dezena.
O boletim mostra ainda que 209.534 pessoas recuperaram da infeção desde o início da pandemia no país. Só nas últimas 24 horas, registaram-se mais 3.259 casos de recuperação — na véspera foram 6.829.
Há ainda 80.288 contactos em vigilância nas últimas 24 horas, menos 17 do que na véspera.
Óbitos. Três vítimas mortais tinham menos de 60 anos
A maioria dos óbitos (44) foram registados em pessoas com mais de 80 anos, mas três das vítimas mortais, todas do sexo masculino, tinham idade inferior a 60 anos — uma dela estava na faixa etária entre os 40 e os 49 anos.
Na divisão por sexo, das 64 vítimas a lamentar, 34 eram homens e 30 eram mulheres.