A Fórmula E foi vista pelos construtores de automóveis, sobretudo os europeus, que estavam a braços com a aposta na mobilidade eléctrica, como um excelente laboratório para conceber automóveis a bateria. A ânsia de desenvolver acumuladores mais eficientes, motores menos exigentes em energia e sistemas de gestão mais sofisticados parecia demasiado tentadora e esta competição, aprovada pela FIA, parecia ser o campo ideal para testar novas tecnologias.

Durante sete anos, a BMW militou na Fórmula E em companhia da Andretti Motorsport, período durante o qual conquistaram quatro vitórias e quatro pole-positions, mas não campeonatos, uma vez que estes foram alcançados pela Renault (com três títulos), Audi (1) e DS (2).

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A marca bávara anunciou agora que considera que esgotou todas as oportunidades de evoluir os seus motores e baterias, bem como de transferir tecnologia da Fórmula E para os modelos de série. Mas certamente que a necessidade de continuar a investir muito para estar em condições de lutar pelas vitórias e pelos títulos, numa fase em que o lançamento dos automóveis eléctricos exige igualmente verbas descomunais, obrigou a BMW a optar pelas futuras berlinas e SUV a bateria.

Este fabricante alemão tem como objectivo produzir 1 milhão de veículos eléctricos durante 2021, o que nos parece bastante optimista, para depois atingir 7 milhões em 2030, dos quais 66% serão eléctricos.

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