A Proteção Civil alertou esta quinta-feira para um agravamento das condições meteorológicas nas próximas 48 horas, prevendo-se um aumento da intensidade do vento, precipitação, a descida da temperatura e o aumento da agitação marítima na costa ocidental.

Em comunicado, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) refere que está previsto o aumento da intensidade do vento partir desta quinta-feira, diminuindo nas terras altas a partir da manhã de sexta-feira e, no litoral, a partir da manhã de sábado, com rajadas até 75 km por hora na costa ocidental e até 95 km por hora nas terras altas.

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Está ainda prevista a formação de geada, em especial, no interior norte e centro, a descida da temperatura, assim como precipitação a partir desta quinta-feira, podendo ser pontualmente forte na sexta-feira no norte e centro, com condições favoráveis à ocorrência de trovoada e granizo.

Segundo a ANEPC, poderá ocorrer queda de neve a partir da tarde desta quinta-feira acima de 1.400 metros de altitude, descendo para os 600 metros de altitude a partir da madrugada de 4 de dezembro, assim como um aumento da agitação marítima na costa ocidental, com ondas de noroeste, que poderão atingir mais de sete metros na sexta-feira.

Face a esta previsão, a ANEPC recomenda à população que garanta a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais, que adote uma condução defensiva, face à possibilidade de formação de lençóis de água e gelo nas vias, que evite circular em vias com acumulação de neve e que tenha especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas sujeitas a inundações rápidas.

Figueira da Foz e Mira tomam medidas por causa da agitação marítima

Os municípios da Figueira da Foz e de Mira tomaram algumas precauções para minimizar o impacto da agitação marítima forte prevista para sexta-feira e sábado, mas só limitarão a circulação de pessoas e viaturas caso se justifique.

O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, disse à agência Lusa que os serviços da Proteção Civil municipal “já posicionaram hoje [quinta-feira] os gradeamentos” nos locais do concelho onde se verificam habitualmente problemas com o avanço das águas do mar, designadamente na zona de Buarcos.

As grades de ferro “estão posicionadas” nos pontos da costa “onde mais tem ocorrido o galgamento” das ondas nos últimos anos, para que sejam utilizadas “se for necessário fechar a passagem” de veículos e transeuntes, adiantou o autarca daquele município litoral do distrito de Coimbra.

“Estamos preparados para o que possa acontecer”, afirmou Carlos Monteiro, realçando que a autarquia dispõe do corpo de Bombeiros Sapadores “para qualquer intervenção” que se revele necessária face à evolução do mau tempo e da agitação do mar.

Ainda no distrito de Coimbra, a Câmara de Mira tomou igualmente algumas medidas de prevenção. Habitualmente, o Bairro Norte, na Praia de Mira, “é a zona mais problemática” sempre que o mar está agitado, disse à Lusa o presidente da Câmara de Mira, Raul Almeida.

A partir da noite desta quinta-feira, “a Proteção Civil está em alerta” e vai monitorizar a situação, com especial atenção “aos sítios mais sensíveis”, referiu Raul Almeida.

Tal como acontece no vizinho concelho da Figueira da Foz, a sul, também no de Mira a autarquia tem identificados os locais onde o impacto da agitação do mar é mais forte, optando por posicionar antecipadamente os gradeamentos, que serão utilizados se razões de segurança a isso obrigarem.