A polícia brasileira realizou esta sexta-feira uma grande repressão ao tráfico de animais selvagens, incluindo a detenção de um dos principais traficantes do país e a libertação de mais de 200 animais destinados à venda clandestina. A Polícia Federal anunciou, em conferência de imprensa, que foram emitidos 14 mandados de prisão e que 11 pessoas haviam sido detidas até ao final da manhã.

Os suspeitos são acusados de vender clandestinamente animais através das redes sociais, inclusive algumas espécies ameaçadas de extinção, capturados na floresta tropical, como araras, tucanos, primatas ou até jacarés.

Um dos detidos é Roberto Augusto Martinez Filho, apresentado pelas autoridades como “um dos principais traficantes de animais do país”. O presumível traficante já havia sido detido em agosto, quando dois macacos foram encontrados na sua casa, mas acabou por ser libertado enquanto aguardava julgamento.

Um outro suspeito “estava envolvido no tráfico de animais selvagens há 38 anos e estava a passar a função para o filho”, disse o chefe da esquadra de repressão de crimes contra o meio ambiente da Polícia Federal, Sebastião Pujol.

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A operação desta sexta-feira está vinculada a uma semelhante, lançada em maio de 2019.

Devido às provas recolhidas durante essa primeira operação, a polícia conseguiu salvar “500 animais, incluindo mais de 200 apenas hoje [sexta-feira], especialmente pássaros”.

Além dos crimes de tráfico de animais e associação criminosa, os suspeitos também são acusados de “crime de colocar em risco a saúde pública”, sendo que espécies são portadoras de doenças e infeções transmissíveis do animal para o homem.