A atuação de Travis Scott no Fortnite em abril foi talvez um dos maiores acontecimentos internáuticos deste ano, juntando mais de 12,3 milhões de jogadores, um recorde de streaming neste jogo virtual. O rapper norte-americano terá faturado, apenas com este evento online, um montante bastante mais elevado do que aquilo que costuma ganhar com um concerto presencial.

De acordo com a Forbes, a performance que teve uma duração de 9 minutos rendeu ao rapper cerca de 20 milhões de dólares (16,5 milhões de euros), incluindo as vendas de merchandising. Em comparação com a digressão de 56 datas Astroworld, que se prolongou durante quatro meses entre 2018 e 2019, o artista amealhou 53,5 milhões de dólares (44 milhões de euros), o que significa que a habitual receita por concerto é cerca de menos de 1 milhão de dólares.

Apesar de ter sido relativamente curto, o concerto virtual demorou vários meses a ser planeado, e Scott chegou a ser visitado por representantes da empresa responsável pelo videojogo, escreve a Forbes.

Fora dos palcos virtuais, continua a disputa legal que opõe a Epic Games, criadora do jogo “Fortnite”, às gigantes norte-americanas Google e Apple. Em causa está a criação de um sistema de pagamentos diretos à própria Epic Games por parte dos jogadores, o que contorna tanto o modelo da Apple como o da Google. Em consequência, o jogo foi banido das lojas de aplicações dos sistemas operativos móveis das empresas.

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Fortnite dá concertos virtuais em plena batalha legal com a Apple: Anderson .Paak é o próximo

Desde então várias ações judiciais foram abertas pelas duas empresas nos Estados Unidos. A Epic Games tem vindo a acusar a empresa gerida por Tim Cook de práticas monopolistas ao proibir a existência de outras lojas ou de transações fora da App Store. Já a Apple alega que a Epic Games violou o contrato assinado por ambas as partes ao inserir um método de pagamento no Fortnite.

Em desenvolvimentos mais recentes, a Epic Games expandiu a guerra para outro continente e abriu uma nova ação judicial contra a Apple na Austrália, acusando a tecnológica de impedir que uma ampla base de utilizadores de dispositivos iOS, nomeadamente na Austrália, descarregue aplicações de qualquer fonte que não seja a App Store.