A associação Montes de Festa decidiu animar o Natal dos idosos de Bragança com miniconcertos e serenatas à porta das instituições do concelho para aliviar os efeitos da pandemia na comunidade, divulgaram esta sexta-feira os promotores.

A associação foi criada por jovens há quatro anos para dinamizar a música tradicional e o meio rural, e é responsável pelo Festival D´Onor, o evento que anima anualmente a aldeia comunitária dividida entre Portugal e Espanha, considerada uma das sete maravilhas de Portugal.

O festival, previsto para julho, foi cancelado este ano devido à pandemia Covid-19 que vai também alterar as tradições da quadra que se aproxima e a associação decidiu “tentar dar um novo fôlego ao espírito de Natal onde faz mais falta, que é junto da comunidade”.

Para assinalar a quadra, começam no domingo e repetem nos próximos fins de semana “miniconcertos/serenatas em nove Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do concelho de Bragança, do meio rural e urbano, salvaguardando todas as normas de segurança” impostas pela pandemia, como indica o representante, David Vaz.

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Num período tão cinzento da nossa história, achamos que este pode ser um simbólico contributo para trazer um novo alento e ânimo a quem mais precisa”, explicou.

Os membros da Montes de Festa vão tocar junto às instituições, “no exterior dos edifícios ou em espaços devidamente preparados para o efeito” temas do cancioneiro tradicional português, com instrumentos de Trás-os-Montes, como a gaita-de-foles, a caixa e o bombo.

Enquanto os músicos atuam, “utentes e funcionários, com a devida distância de segurança, por vezes às janelas, ouvem a música, recordam tempos idos e podem, por breves instantes, esquecer aquilo que de negativo trouxe a pandemia”, consideram os promotores.

A Montes de Festa — Associação é uma organização sem fins lucrativos criada em 2016 com o objetivo de dinamizar a música tradicional e o meio rural, promovendo, entre outras atividades, o Festival D’Onor, um evento que decorre em Rio de Onor no mês de julho, e que procura valorizar a música tradicional transmontana e reavivar as memórias da aldeia e do seu comunitarismo.