A coordenadora do Bloco de Esquerda disse este domingo compreender a necessidade de encontros familiares no Natal, mas advertiu que o novo coronavírus continua na comunidade e as famílias devem tomar já as melhores decisões para se protegerem.

Esta posição foi transmitida por Catarina Martins no final de uma ação de recolha de assinaturas para a formalização da candidatura presidencial de Marisa Matias, no parque central da Amadora, distrito de Lisboa.

Questionada sobre o alívio de restrições projetado pelo Governo para o período do Natal, a coordenadora do Bloco de Esquerda considerou que “o mais importante é que cada pessoa e cada família tome as melhores decisões para se proteger”.

“A pandemia está cá, em muitos locais o vírus está na comunidade e, portanto, as pessoas têm de saber proteger-se e proteger os seus. Com todo o respeito pela necessidade de as pessoas se encontrarem no Natal, o que todos compreendemos, também cabe a cada família fazer as melhores escolhas e as melhores opções para ter um Natal em segurança – e essas opções devem começar desde já”, advertiu.

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Catarina Martins deixou ainda um conselho aos cidadãos que pretendem estar com mais pessoas no Natal.

“Seguramente, têm de começar desde já a evitar toda a exposição e todos os contactos de risco que consigam evitar. O Natal é seguramente muito importante, mas então que as famílias conversem entre elas, tomem as melhores decisões e protejam-se”, insistiu.

Em relação às medidas em concreto anunciadas no sábado pelo primeiro-ministro, António Costa, a coordenadora do Bloco de Esquerda considerou que “é necessária muita explicação sobre os riscos que se correm em cada momento”.

“É importante que haja um grande esforço pedagógico e de explicação dos riscos para as pessoas tomarem as melhores decisões possíveis. Também temos dito que, para que as pessoas tomem as melhores decisões, é preciso que existam apoios económicos e sociais que compensem as restrições de atividade necessárias para a contenção do vírus”, acrescentou.

Interrogada sobre as limitações existentes à atividade da restauração neste contexto de epidemia de covid-19, Catarina Martins reconheceu esses condicionalismos, mesmo quando se encontram abertos, porque têm limitações ao nível da sua lotação.

“São limitações que já duram há nove meses e o Bloco de Esquerda tem dito que são precisas medidas para a economia que acompanhem as restrições. O Governo tem anunciado sucessivamente que vai anunciar medidas e não as tem concretizado. O Bloco de Esquerda não deixará de apresentar propostas sobre essa matéria”, frisou.