O Chega/Açores pediu esta segunda-feira esclarecimentos sobre a abertura de concursos para contratação de funcionários na empresa de Eletricidade dos Açores (EDA), “que foi levada a efeito no passado mês de novembro, ainda pelo anterior Governo”, do PS.

De acordo com a nota de imprensa enviada pela estrutura regional do Chega, o partido já enviou ao Governo Regional dos Açores — formado por PSD, CDS e PPM e com viabilização parlamentar do Chega — um pedido de esclarecimento sobre o processo concursal encetado pelo anterior executivo.

Em causa está uma estranha abertura de concurso para admissão de funcionários, levada a efeito pela EDA, no seguimento da perda do Governo por parte do PS, situação esta que levantou uma onda de críticas em toda a região”, defende o partido, liderado nos Açores por Carlos Furtado, em comunicado.

Ao atual Governo Regional de coligação entre PSD, CDS-PP e PPM, liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, cabe dar uma resposta sobre esta matéria, “uma vez que este é o acionista maioritário da referida empresa”, esclarece o partido.

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O Chega promete estar atento a situações anormais que venham a acontecer a este nível, com vista a que sejam minimizados os custos operacionais das empresas públicas do setor empresarial regional, assim como nas contratações não justificadas que se registem na função pública, sendo que neste momento é de todo o interesse que não se aumente custos desnecessários na administração pública, uma vez que estes custos, a acontecer, têm de ser suportados pelos contribuintes açorianos”, afirma o partido que elegeu dois deputados para o parlamento açoriano nas eleições de outubro.

Para este partido de direita, “estas contratações desnecessárias podem pôr em causa a regularização de um considerável número de pessoas que prestam serviço na administração pública há bastante tempo e que ainda não viram devidamente regularizadas as suas carreiras, situação esta que deve merecer a atenção do novo executivo”.

Com a conquista de dois mandatos, o Chega, juntamente com o deputado único da Iniciativa Liberal, garante o apoio parlamentar necessário ao Governo para garantir a maioria de 29 deputados. A coligação PSD, CDS-PP e PPM, que forma o Governo Regional dos Açores, só garante 26 assentos parlamentares.

A solução governativa surgiu depois de o PS ter perdido, nas eleições de 25 de outubro, a maioria absoluta que detinha há 20 anos, elegendo 25 deputados. O atual executivo é liderado por José Manuel Bolieiro e tem como vice-presidente o líder regional centrista, Artur Lima.

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